Por: Lusa
A União Ciclista Internacional
(UCI) vai colocar em 'lay-off' completo ou parcial, com "percentagens
diferentes", todos os 130 funcionários que tem a seu cargo, com os
diretores, eleitos e contratados, a reduzirem os salários, anunciou esta quinta-rfeira
aquela instituição.
Em comunicado, o organismo que
tutela o ciclismo, sediado em Aigle, na Suíça, comunicou a decisão, que abrange
também o congelamento dos processos de recrutamento por período indefinido e a
"total revisão de projetos e objetivos fixados para 2020 e anos seguintes,
bem como aqueles que estão a decorrer".
A par da UCI, também o seu
Centro Mundial de Ciclismo, um velódromo em Aigle onde ciclistas de todo o
mundo são escolhidos para treinar, desenvolver-se e competir, é abrangido por
estas medidas.
Por outro lado, serão
"redimensionados" os mecanismos de solidariedade para federações
nacionais de ciclismo, bem como examinados "os contratos de prestadores de
serviços em eventos, consultadoria e outros trabalhos gerais", além da generalização
"de encontros virtuais para Comissões, o Comité de Gestão e outros
seminários".
"A nossa federação
internacional está a passar por uma crise que não experienciávamos desde a II
Guerra Mundial. A inatividade está a atingir atletas, equipas, organizadores,
parceiros e a grande maioria das pessoas e organizações que contribuem para a
vitalidade deste desporto", considerou, citado em comunicado, o
presidente, David Lappartient.
Lappartient cita o adiamento
dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio2020 e a "multiplicação de
cancelamentos e adiamentos no calendário internacional", além da
"incerteza quanto à segunda parte da temporada", como fatores de
risco que levam a um "impacto muito grande" na modalidade.
"Foi por isso que tomámos
medidas drásticas, que devem apoiar a UCI neste período em que tenta navegar a
tempestade. Estas escolhas são difíceis, mas necessárias se pretendermos
reconstruir o ciclismo pós-covid-19", acrescentou.
Pelas contas da UCI, 30% do
calendário internacional foi cancelado ou adiado, com as provas de estrada e de
montanha a serem as mais afetadas, com a Volta a Itália, a Volta a Flandres ou
o Paris-Roubaix à cabeça, além dos Mundiais de 'cross-country'.
Com um impacto "muito
significativo" nas atividades comerciais, de 'marketing' e de "portfólio
de ativos financeiros", a UCI lamenta a perda dos vários campeonatos do
mundo, ressalvando ainda que se mantém o Mundial de estrada, marcado para
setembro na Suíça.
O novo coronavírus,
responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de
pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil. Dos casos de infeção,
mais de 312 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em
dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização
Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia, e o continente europeu é
neste momento o mais atingido, com cerca de 787 mil infetados e de 62 mil
mortos.
Fonte: Record on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário