Fonte:
Lusa
Foto:
Reuters
O
britânico Chris Froome (Sky) venceu este domingo pela primeira vez a Volta a
Itália, tornando-se o primeiro ciclista a vencer as três principais provas
velocipédicas de forma consecutiva, depois do belga Eddy Merckx e do francês
Bernard Hinault.
Froome
tornou-se também o primeiro britânico a vencer a prova, após 101 edições,
juntando, finalmente, o Giro ao extenso palmarés, que já ostentava triunfos no
Tour e na Vuelta, uma 'tripla coroa' alcançada pela última vez pelo italiano
Vincenzo Nibali, o grande ausente na corrida deste ano.
A
proeza do britânico, que completou os 33 anos no decorrer a prova, assume maior
relevância pelo facto de ter vencido as três grandes corridas de forma
consecutiva: o Giro sucede aos triunfos obtidos em 2017 na Volta a França --
que conquistou também em 2013, 2015 e 2016 - e na Volta a Espanha.
Além
de Froome, apenas Merckx e Hinault, duas das maiores figuras da modalidade, o
tinham conseguido. O belga venceu o Giro de 1972, o Tour de 1972, a Vuelta de
1973 e o Giro, de novo, em 1973, antes de o francês vencer em Itália e França,
em 1982, antes de triunfar em Espanha, em 1983.
"Não
sei o que dizer. É um sonho estar aqui com a camisola rosa vestida. Para um
ciclista, não há nada mais grandioso", disse Froome, que tinha apenas
participado por duas vezes na Volta a Itália, em 2009 e 2010, tendo como melhor
resultado o 36.º lugar alcançado na estreia.
Em
Roma, a etapa da consagração do ciclista da Sky, a 21.ª da prova, foi vencida
pelo irlandês Sam Bennett (Bora-hansgrohe), que se impôs ao 'sprint' ao
italiano Elia Viviani (Quick-Step) e ao luxemburguês Jean-Pierre Drucker (BMC),
segundo e terceiro classificados, respetivamente.
Bennett,
que venceu pela terceira vez nesta edição do Giro, completou os 115 quilómetros
num circuito na capital italiana em 2:50.49 horas, apesar de a tirada estar
neutralizada desde a terceira volta, a pedido dos ciclistas, preocupados com as
condições de segurança do piso.
Froome,
que chegou 15 minutos depois do vencedor, cruzando a meta ao lado dos colegas
na equipa Sky, terminou com 46 segundos de vantagem sobre o holandês Tom
Dumoulin (Sunweb) e 4.57 minutos sobre o colombiano Miguel Angel Lopez
(Astana), que completaram o pódiO.
O
português José Gonçalves (Katusha-Alpecin) foi 36.º posicionado na derradeira
etapa, terminando a corrida na 14.ª posição da classificação geral, a 34.29
minutos de Froome, a terceira melhor classificação de um ciclista português no
Giro.
José
Gonçalves, que chegou a ocupar o terceiro posto na fase inicial da prova,
igualou o registo de André Cardoso, 14.º colocado em 2016, ficando apenas atrás
de dois dos maiores ciclistas portugueses de sempre: José Azevedo, quinto em
2001, e Acácio da Silva, sétimo em 1986.
Fonte:
Record on-line
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