Por:
Lusa
Foto:
Lusa
O
ciclista espanhol Raúl Alarcón (W52-FC Porto) revelou estar a sentir-se numa
nuvem e apontou a oitava etapa como o momento mais complicado que viveu na sua
vitória na 79.ª Volta a Portugal.
"É
algo impressionante. Ganhar a 'Grandíssima' é algo que nunca vou esquecer.
Sinto-me numa nuvem. Sempre trabalhei para os outros e via como eles ganhavam e
sentia-me feliz por eles. E agora estar aqui, do outro lado... só tenho
palavras de agradecimento", enalteceu o vencedor da Volta a Portugal.
Raúl
Alarcón apontou a chegada a Oliveira de Azeméis como o seu pior momento, uma
vez que os rivais se acercaram da sua liderança e sentiu-se mais pressionado, e
a etapa seguinte, a nona, como o melhor.
"A
etapa de ontem [segunda-feira] foi muito dura, fizemos uma estratégia atacante
porque no dia anterior tinham-se aproximado muito os rivais. Sabíamos que
tínhamos de ganhar muito tempo e fizemos aquela tática. Foi um dia muito
exigente, mas, quando cheguei com o Amaro [Antunes, à Guarda], vivi o meu
momento mais feliz", indicou.
O
alicantino, de 31 anos, negou que tenha combinado qualquer resultado com
Antunes, o vice-campeão, e contou que, quando estavam os dois a aquecer,
desejaram-se sorte.
"Sabíamos
que um dos dois ia ganhar. No final, sou eu o vencedor, mas o importante foi a
vitória ficar na equipa", destacou, tendo ainda palavras de elogio para
Gustavo Veloso: "É uma pessoa que hoje merecia ganhar. Ontem passou um
momento difícil. E hoje quando cheguei estava lá para a abraçar-me. Admiro-o
muito".
Alarcón
dedicou o seu triunfo à equipa, que confiou nele, e, especialmente, ao galego,
vencedor da Volta em 2014 e 2015, que soube passar-lhe a 'chefia' da W52-FC
Porto.
"Agora
estou a desfrutar deste momento. Sempre disse, como na Volta, que vou dia a
dia. Não posso olhar mais para a frente", respondeu quando questionado
sobre o futuro e sobre uma eventual liderança bipartida da formação 'azul e
branca'.
O
vencedor da Volta recordou que trabalhou muito ao longo do ano, fez várias
concentrações em altitude, e negou-se a antever uma melhoria de resultados no
próximo ano.
"Quando
era jovem, pensava no futuro. E depois, quando não acontecia, sofria. Estive no
mais alto do ciclismo aos 20 anos e depois levei uma paulada grande. Mais vale
pensar dia a dia", defendeu, reconhecendo, no entanto, que gostava de
estar presente numa Volta a Espanha.
"É
algo que ainda me falta fazer. Se conseguir, ótimo. Se não, estou feliz, porque
ganhei uma grande volta. Há muito talento nesta equipa. Acredito que temos
qualidade para estar numa grande volta", concluiu.
Fonte:
Record on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário