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A
100.ª edição do Giro arranca esta sexta-feira e os últimos dias antes das
primeiras pedaladas da prova deste ano já ficam marcados pela polémica. É que a
organização anunciara na terça-feira a criação de uma nova classificação para
premiar o melhor ciclista nas descidas mas foi obrigada a alterar os planos
devido às reações negativas.
A
UCI, a federação belga e muitos corredores mostraram-se indignados com a
criação do referido prémio, numa altura em que a segurança dos ciclistas é uma
das prioridades em todas as competições. Assim, os responsáveis da Volta a
Itália anunciaram esta quarta-feira que esta inovação não irá para a frente.
"Nós
queríamos simplesmente criar uma classificação suplementar e dar mais interesse
aos adeptos. Infelizmente, algumas pessoas não compreeenderam completamente a
ideia deste prémio", adiantou Mauro Vegni, o máximo responsável da RCS
Sport, entidade organizadora do Giro.
Ainda
assim, Vegni continua a defender que premiar o melhor descedor era "uma
boa ideia". "Nós não queremos levar os ciclistas a correr riscos
suplementares, mas apenas recompensar aqueles que raramente têm destaque",
acrescentou.
Refira-se
que a esta inovação recupera uma proposta lançada há cerca de 15 anos, quando o
então diretor da prova queria fazer um contrarrelógio a descer. Uma ideia
rejeitada de imediata pela Associação de Ciclistas, que ameaçou mesmo com uma
greve se aquela avançasse.
Segundo
a proposta avançada na terça-feira, este ano pretendia-se atribuir pontos aos
cinco ciclistas mais rápidos, em dez descidas previamente escolhidas (entre a
8.ª e a 20.ª etapas). Para além de 500 euros que seria atribuído ao mais rápido
em cada troço, seriam atribuídos 8, 5, 3, 2 e 1 pontos aos cinco primeiros
nesta classificação em cada dia. No final, o vencedor receberia 5.000 euros,
enquanto o 2.º teria direito a 3.000 e o 3.º ficaria com 2.000 euros.
Fonte:
Record on-line
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