A Volta ao Algarve, cuja edição de
2016 se disputa entre 17 e 21 de fevereiro, continua a afirmar-se como corrida
de referência internacional, uma vez que não é fácil encontrar, fora do circuito
WorldTour, um pelotão com a qualidade daquele que vai pedalar no Sul do país.
O pelotão será composto por 192 corredores, em representação de 24
equipas. A lista de inscritos conta com representantes de 30 países: Alemanha,
Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Cazaquistão, Colômbia, Croácia,
Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da América, Estónia, Finlândia,
França, Grã-Bretanha, Holanda, Irlanda, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Noruega,
Polónia, Portugal, República Checa, Rússia, Suíça, Ucrânia e Uruguai.
Metade das 24 equipas participantes é de primeira divisão
internacional, um crescimento de 50 por cento face à edição anterior da prova.
Individualmente, o pelotão também continua a evoluir. Entre os inscritos estão
quatro corredores do top 10 mundial: Joaquim Rodríguez (Katusha), segundo,
Fabio Aru (Astana), quinto, Alberto Contador (Tinkoff), sétimo, e Thibaut Pinot
(FDJ), décimo. Vão pedalar no Algarve 26 corredores do top 100 do ranking de
2015, um crescimento de 62,5 por cento face ao ano passado.
O palmarés agregado dos ciclistas inscritos conta, entre muitos outros
sucessos, com quatro vitórias na Volta a Espanha, duas na Volta a França
e duas Volta a Itália, nove em Mundiais, sete no Paris-Roubaix, oito no Tour de
Flandres e uma medalha de ouro olímpica
A qualidade do pelotão da Volta ao Algarve deve-se à conjugação de
vários fatores: a prova está bem colocada no calendário internacional, corre-se
numa região em que o clima é ameno mesmo em pleno inverno, a hotelaria é de
qualidade e as estradas algarvias têm caraterísticas excelentes para a
construção de um percurso que responda às necessidades competitivas de início
de temporada.
O traçado da 42.ª Volta ao Algarve é uma das principais razões de
atração de grandes equipas e estrelas do pelotão internacional, uma vez que
oferece oportunidades para todo o tipo de ciclistas. A primeira e a quarta
etapas são vocacionadas para os velocistas testarem a ponta final. A terceira
etapa é um contrarrelógio individual de 18 quilómetros, que permite aos
especialistas experimentar as novas “cabras”. A segunda e a quinta etapas têm
final em alto, servindo de exame ao momento de forma dos trepadores.
No cômputo geral, só um corredor completo poderá aspirar a vestir a
camisola amarela final. Será, certamente, um ciclista de prestígio
internacional a envergar as cores do Cyclin’Portugal, ajudando a difundir este
projeto à escala global, através do imenso mediatismo que a corrida conquistou,
nacional e internacionalmente. Há um ano, a Volta ao Algarve foi noticiada em
17 países diferentes. A diversidade e a qualidade do pelotão de 2016 permitem
prever um mediatismo ainda mais intenso.
A Volta ao Algarve é também a oportunidade para ver em ação, em
território nacional, alguns dos melhores emigrantes do ciclismo português. Por
outro lado, as equipas nacionais poderão disputar o palco mediático com as
grandes estrelas estrangeiras, naquela que é a corrida em que os jovens valores
do pelotão luso podem mostrar-se às melhores equipas internacionais.
Ciclismo para Todos
A Volta ao Algarve, além de um importante evento de alta competição, é
também uma festa para os adeptos de ciclismo e para os praticantes amadores e
de lazer. As etapas da corrida vão, certamente, entusiasmar quem gosta de estar
na berma da estrada, vendo o espectáculo e incentivando os corredores.
Aqueles que não resistem a ser protagonistas terão também oportunidade
de participar na Volta ao Algarve. No sábado, 20 de fevereiro, realiza-se o Passeio de Ciclismo para Todos da Volta ao
Algarve. Terá 40 quilómetros, com partida e chegada em São Brás de
Alportel. São esperados 200 participantes.
No dia seguinte, Loulé recebe a partida e a chegada do Algarve Granfondo, um evento de massas
que já exige uma melhor preparação física. Os participantes no granfondo terão
pela frente 135 quilómetros, com 2600 metros de acumulado de subida. Quem
alinhar no mediofondo vai enfrentar 83 quilómetros e um acumulado de 1300
metros. Vão participar 700 pessoas, oriundas de Portugal, Alemanha, Canadá,
Espanha, França, Inglaterra, Irlanda do Norte e Suíça. Os vencedores serão
coroados no alto do Malhão, no pódio final da Volta ao Algarve.
Declarações da conferência de imprensa
“A Volta ao Algarve é o evento âncora que poderá divulgar o ciclismo
português no Mundo, valorizando o território nacional para a prática de
ciclismo, atraindo equipas e praticantes individuais”, afirmou o presidente da Federação Portuguesa de
Ciclismo, durante a cerimónia de apresentação da corrida, hoje realizada na
sede federativa, em Lisboa.
O presidente do Turismo do Algarve, Desidério Silva, considera que “a
Volta ao Algarve é estrutural para a região”. Desidério Silva sublinhou
que a “Região de Turismo trabalha com a Federação Portuguesa de Ciclismo para
que a Volta ao Algarve seja a âncora de algo mais amplo, o Cyclin’Portugal, que
quer atrair para a região aqueles que gostam de ciclismo”, combatendo a
sazonalidade, de outubro a maio.
José Cordovil, adjunto do secretário de Estado da Juventude e do
Desporto, destacou o facto de a “Federação Portuguesa de Ciclismo ter uma
estratégia, que conjuga a competição com o ciclismo enquanto fator de
desenvolvimento económico do país”. Sobre a Volta ao Algarve manifestou
“muito
agrado por ver deslocar-se para Portugal este naipe de equipas e de corredores”.
O presidente da Associação de Municípios do Algarve, Jorge Botelho,
afinou pelo mesmo diapasão. “Este ano o projeto Cyclin’Portugal
consolidou-se, e de que maneira. Temos os melhores dos melhores, o melhor
pelotão que alguma vez pisou o país”, disse.
“Temos as melhores equipas do Mundo, temos as estrelas, temos o
percurso, temos o clima. Só nos falta uma maior divulgação. Lanço o repto às
televisões e a quem manda nas televisões: não há razão para que não haja
transmissão em direto desta corrida”, afirmou o diretor de Marketing da Liberty Seguros.
Etapas
17 de fevereiro - 1.ª Etapa: Lagos – Albufeira, 163,6 km
18 de fevereiro – 2.ª Etapa: Lagoa – Fóia (Monchique), 198,6 km
19 de fevereiro – 3.ª Etapa: Sagres – Sagres, 18 km (Contrarrelógio
Individual)
20 de fevereiro – 4.ª Etapa: S. Brás de Alportel – Tavira, 194 km
21 de fevereiro – 5.ª Etapa: Almodôvar – Malhão (Loulé), 169 km
Equipas Participantes
WorldTour: Astana, Cannondale, Etixx-QuickStep, FDJ, IAM
Cycling, Katusha, Lotto Soudal, Lotto NL-Jumbo, Movistar, Team Sky, Tinkoff e Trek-Segafredo.
Continentais
Profissionais: Bora-Argon
18, Caja Rural-Seguros RGA, Gazprom-RusVelo, Novo Nordisk, Roth e Verva
ActiveJet.
Continentais:
Efapel, LA Alumínios-Antarte, Louletano-Hospital
de Loulé, Rádio Popular-Boavista, Sporting-Tavira e W52-FC Porto
Corredores
do Top 100 Mundial
2.º Joaquim Rodríguez (Katusha)
5.º Fabio Aru (Astana)
7.º Alberto Contador (Tinkoff)
10.º Thibaut Pinot (FDJ)
13.º Rigoerto Urán (Cannondale)
14.º Geraint Thomas (Sky)
24.º André Greipel (Lotto Soudal)
26.º Michal Kwiatkowski (Sky)
30.º Ion Izagirre (Movistar)
31.º Zdenek Stybar (Etixx-QuickStep)
37.º Niki Terpstra (Etixx-QuickStep)
40.º Tony Gallopin (Lotto Soudal)
41.º Robert Gesink (Lotto NL-Jumbo)
47.º Tiesj Benoot (Lotto Soudal)
52.º Jürgen Roelandts (Lotto Soudal)
67.º Fabian Cancellara (Trek-Segafredo)
70.º Andrew Talansky (Cannondale)
71.º Diego Rosa (Astana)
72.º Sep Vanmarcke (Lotto NL-JUmbo)
75.º Ramunas Navardauskas (Cannondale)
79.º Tom Boonen (Etixx-QuickStep)
80.º Jens Debusschere (Lotto Soudal)
81.º Yuri Trofimov (Tinkoff)
92.º Tony Martin (Etixx-QuickStep)
95.º Gorka Izaguirre (Movistar)
99.º Yves Lampaert (Etixx-QuickStep)
Fonte: FPC
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