Ciclista esloveno celebrou a sua quarta vitória na Grande Boucle
Por: Lusa
Foto: AP
Apesar de estar sem energia
para motivar-se a correr este domingo, o tetracampeão Tadej Pogacar lutou pela
21.ª etapa da 112.ª Volta a França, ficando "sem palavras" depois de
alcançar o tetra na prova francesa.
"Encontrei-me na frente,
mesmo não tendo a energia para me motivar para correr hoje. Fiquei contente por
terem neutralizado os tempos da geral [ao quilómetro 82, devido à chuva] e
fiquei mais tranquilo para correr. Só tive de ter boas pernas para estar na
frente, senti-me bem, mas parabéns ao Wout, ele foi incrivelmente forte",
resumiu o esloveno da UAE Emirates.
Pogacar saltou do pelotão na
primeira de três subidas a Montmartre e tentou várias vezes isolar-se, acabando
por sucumbir a um ataque de Wout van Aert (Visma-Lease a Bike) a mais de seis
quilómetros da meta, que cortou na quarta posição.
Apesar de não ter conseguido
conquistar a última etapa nos Campos Elísios, o esloveno de 26 anos mostrou-se
"orgulhoso" de igualar os quatro triunfos do britânico Chris Froome.
"Estou sem palavras por ganhar a minha quarta Volta a França. São seis
anos seguidos no pódio. Esta vitória tem um sabor especial", disse o
esloveno, que além de vencer em 2020, 2021, 2024 e 2025, também foi 'vice'
atrás de Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike) em 2022 e 2023.
'Pogi' não soube dizer onde
ganhou esta edição, que começou em 5 de julho, em Lille, mas apontou a segunda
semana como decisiva e o espírito de equipa como fundamental para este desfecho
bem-sucedido. Ainda na flash-interview elogiou Vingegaard, um gesto que repetiu
no pódio final, estendendo-o aí também a Florian Lipowitz (Red
Bull-BORA-hansgrohe), o terceiro classificado.
"Falámos depois de
começar a etapa, na zona neutralizada, sobre o que mudou nos últimos cinco anos
em que corremos um contra o outro. Elevámos o nível um do outro, levámo-nos ao
limite e batalhar contra o Jonas foi novamente uma experiência difícil. Tenho
de transmitir-lhe o meu respeito e dar-lhe os parabéns pela luta",
declarou sobre o seu arquirrival dinamarquês.
Ainda antes de subir ao pódio,
para falar de um Tour que descreveu como "muito difícil", o mais
jovem ciclista a alcançar quatro triunfos na Grande Boucle - está a apenas um
dos recordistas - admitiu querer celebrar a sua conquista "em paz" e
aproveitar "uns dias tranquilos em casa".
Já com os Campos Elísios como
pano de fundo, o também campeão mundial de fundo e do Giro'2024 mostrou-se
desconfortável por ter de falar ao microfone perante uma multidão, mas
mencionou a honra de estar no degrau mais alto do pódio, antes de agradecer a todos
os que contribuíram para o seu triunfo, desde a família aos elementos da UAE
Emirates.
Para o esloveno foi
"mesmo fantástico ver e experienciar" a presença de milhares de
pessoas ao longo das etapas, numa edição em que praticamente "não houve
ódio na estrada", com o público a apoiar todos os ciclistas.
"O que mais posso dizer?
Talvez volte", concluiu.
Fonte: record on-line
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