Os dois primeiros ‘cronos’, que favorecem também outro candidato, o português João Almeida (UAE Emirates), devem ser o fator determinante dos primeiros lugares da geral
Por: Lusa
Foto: AFP or licensors
O percurso da 106.ª edição da
Volta a Itália em bicicleta, que arranca no sábado, apresenta dois
contrarrelógios e uma ‘crono escalada’ e uma última semana repleta de ‘rompe pernas’
na montanha a testar os candidatos à vitória.
Depois de 3.489,2 quilómetros,
será encontrado e ‘coroado’, no interior do Coliseu de Roma, o campeão desta
edição, que arranca no sábado e até 28 de maio anima o mundo do ciclismo e do
desporto, apresentando um ‘encontro com a
História’ para os dois principais
candidatos, o belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) e o esloveno Primoz
Roglic (Jumbo-Visma).
A corrida representa uma
mudança brusca em relação à edição de 2022, com poucos quilómetros de
contrarrelógio, e este ano tem como principal destaque três exercícios
individuais, dois na primeira semana (um logo a abrir) e uma ‘cronoescalada’
decisiva para a última semana.
Os dois primeiros ‘cronos’, que favorecem também outro
candidato, o português João Almeida (UAE Emirates), devem ser o fator determinante
dos primeiros lugares da geral nas primeiras duas semanas, que arrancam na
‘Grande Partenza’ na região de Abruzzo.
A primeira semana prossegue
com as primeiras oportunidades para chegadas ao sprint, uma subida a Lago
Laceno (quarta etapa) e outra a Gran Sasso d’Itália, uma visita a Nápoles e
novo ‘crono’, na nona etapa.
Com 35 quilómetros, o
exercício pode trazer memórias de 2022, na Volta a Espanha, a Evenepoel e
‘Rogla’, uma vez que o belga ganhou quase um minuto ao esloveno numa tirada
semelhante, posicionando-se para vencer a corrida.
A segunda semana atravessa
algumas subidas habituais e entra nos Alpes a partir da 13.ª tirada, um ‘rompe pernas’
com mais de cinco mil metros de desnível acumulado positivo, incluindo
subidas na Suíça e a chegada a Crans Montana.
Etapas onduladas e finais
imprevisíveis marcam algumas das outras passagens, sobretudo em Bérgamo, mas é
a terceira semana, a mais dura de qualquer das Grandes Voltas, que conta.
Do Monte Bondone, logo a
seguir ao último dia de descanso, a Val di Zoldo e, depois, à passagem pelos
Dolomitas, nenhum trepador sairá incólume, com a 19.ª etapa a apresentar 5.400
metros de acumulado dividido pelos ‘passos’ de Campolongo, Valparola, Giau e
Tre Croci antes de terminar em Tre Cime di Lavaredo, que marcou, em 1968, o
início da supremacia de Eddy Merckx, com Evenepoel, o ‘novo Merckx’ na
boca de muitos fãs, a enfrentar aqui um encontro com a História da modalidade.
O encontro com marcos
importantes da modalidade não termina aqui, nem o ‘duelo’ com a
História, já que a 20.ª e penúltima etapa, antes da ‘procissão’ até
ao Coliseu de Roma no dia 28, apresenta 18,6 quilómetros de ‘crono escalada’.
Para Roglic, é uma ‘faca de dois gumes’ por um lado, é
parecida com a La Planche des Belles Filles, que em 2019 fez pender a Volta a
França para o compatriota Tadej Pogacar, e, por outro, sobe Monte Lussari junto
à fronteira com a Eslovénia, prevendo-se estradas pejadas de apoio para o mais
experiente dos favoritos, e campeão olímpico de contrarrelógio em Tóquio2020.
A 106.ª edição da Volta a
Itália, a primeira das três grandes Voltas, arranca no sábado com um
contrarrelógio na região de Abruzzo e termina em 28 de maio, em Roma, ao cabo
de 21 etapas.
Fonte: Sapo on-line
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