A 106.ª edição da Volta a Itália, a primeira das três grandes Voltas, arranca no sábado com um contrarrelógio na região de Abruzzo e termina em 28 de maio, em Roma, após 21 etapas
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O belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) e o esloveno Primoz Roglic
(Jumbo-Visma) são os destacados favoritos à conquista da Volta a Itália, que
arranca no sábado, à frente de um lote alargado de candidatos com aspirações à
vitória.
Campeão da Volta a Espanha em 2022, quando começavam a soar as dúvidas
sobre se teria capacidade de vencer uma corrida de três semanas, Evenepoel, de
apenas 23 anos, chegará ao Giro, primeira e mais dura das três grandes Voltas e
aquela em que falhou em 2021, abandonando após ter-se ‘afundado’ na geral, como
renovado favorito, ainda para mais com as cores do arco-íris no corpo, símbolo
de campeão do mundo.
A desafiá-lo estará Roglic, mais experiente e mais habituado a vencer em
série, tendo conquistado a Volta a Espanha três vezes seguidas (2019-2021), no
meio de 72 vitórias como profissional, mas que, no Giro, foi ‘apenas’ terceiro
em 2019.
No regresso à competição, após ter estado parado desde inícios de setembro
e ter sido operado ao ombro direito, o esloveno de 33 anos mostrou uma forma
imbatível até aqui, tendo vencido as duas corridas em que participou em 2023, o
Tirreno-Adriático, à frente do português João Almeida (UAE Emirates), e a Volta
à Catalunha, onde ele e Evenepoel, segundo, deram ‘show’ e demonstraram estar
uns ‘degraus’ acima de todos os outros, nomeadamente do ciclista das Caldas da
Rainha, que foi terceiro.
De resto, o pódio em terras catalãs é o que as casas de apostas mais
preveem para a 106.ª edição da ‘corsa rosa’, uma vez que o português, já com
dois ‘top 10’ na geral - foi quarto em 2020 e sexto em 2021 - e 15 dias de líder
em 2020, é um dos fortes favoritos aos primeiros lugares.
Ao ciclista luso juntam-se nomes como Tao Geoghegan Hart (INEOS), a
ressurgir após um período ‘apagado’ que se seguiu à vitória no Giro2020, mas
também o companheiro de equipa e compatriota Geraint Thomas, campeão do
Tour2018, que em 2022 fechou o pódio da ‘Grande Boucle’.
O francês Thibaut Pinot (Groupama-FDJ) fecha a carreira em termos de
grandes Voltas neste Giro, apresentando-se como um dos principais destaques da
corrida, ‘órfã’ do australiano Jai Hindley, vencedor em 2022.
A BORA-hansgrohe entregou, então, a liderança ao russo Aleksandr Vlasov, um
‘trepador’ nato, enquanto a Bahrain-Victorious traz o italiano Damiano Caruso
ao lado do colombiano Santiago Buitrago e a EF Education-Easy Post também se
divide, dependendo da forma e da fortuna de Hugh Carthy e/ou Rigoberto Urán.
As esperanças italianas recairão em Caruso, depois de Giulio Ciccone
(Trek-Segafredo), vencedor da montanha em 2019, decidir não alinhar por não
estar plenamente recuperado da covid-19, num elenco que conta ainda com o
‘mestre’ do contrarrelógio Filippo Ganna (INEOS) e uma série de sprinters de
topo, na menos ‘amiga’ das três grandes Voltas para estes corredores.
Entre os principais sprinters estão o britânico Mark Cavendish, ainda à
procura de erguer os braços pela Astana, o australiano Kaden Groves
(Alpecin-Deceuninck) e o colombiano Fernando Gaviria (Movistar).
Entre outros destaques, para etapas menos planas ou menos dedicadas à luta
pela geral, nota para corredores como o australiano Michael Matthews (Jayco
AlUla), o dinamarquês Magnus Cort (EF Education-Easy ost), o suíço Gino Mäder
(Bahrain-Victorious) ou o italiano Diego Ulissi (UAE Emirates), além dos
habitais animadores de fugas, normalmente das quatro equipas Pro-Continental
que se juntam às 18 do pelotão WorldTour.
A 106.ª edição da
Volta a Itália, a primeira das três grandes Voltas, arranca no sábado com um
contrarrelógio na região de Abruzzo e termina em 28 de maio, em Roma, após 21
etapas.
Fonte: Sapo on-line
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