Português 'dividido' na Emirates no trabalho para o compatriota e Pascal Ackermann
Por: Lusa
Foto: UAE Team Emirates
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"Temos
ambições muito claras: levar o João ao melhor lugar da geral possível, e ele já
demonstrou que está em boa forma. Será o nosso principal foco. (...) E depois
levar o Ackermann à discussão de algumas etapas ao 'sprint'",
explica, em entrevista à agência Lusa.
Segundo o corredor de 25 anos,
natural de Vila Nova de Gaia, proteger Almeida até aos últimos três quilómetros
nas etapas que podem ser discutidas ao 'sprint'
é o primeiro objetivo, seguindo-se depois a ajuda ao colombiano Juan Sebastián
Molano, 'lançador' de
Ackermann, e ao velocista alemão.
De regresso à Vuelta, na qual
se estreou em 2020 com alguma "liberdade" para tentar integrar fugas e outras
movimentações, essa situação está longe da 77.ª edição, na qual tem o trabalho
em prol dos líderes como única responsabilidade.
A prova arranca sexta-feira em
Utrecht, nos Países Baixos, com um contrarrelógio por equipas, um evento cada
vez mais raro no calendário velocipédico mundial, razão pela qual Oliveira está
"bastante curioso e ansioso, no bom sentido
da palavra", até por ser "um
esforço parecido à pista", na qual este está habituado a
dar cartas. "É quase uma perseguição por
equipas em grande escala. Vai ser daqueles esforços curtos, intensos, em que
vamos ter 15 a 20 segundos na frente, temos de vir para a roda, e mesmo aí é a
sofrer, para depois entrar [de novo na frente] em um minuto ou dois. É um
daqueles esforços de que gosto, com que me identifico",
comenta.
De resto, o irmão gémeo de Rui
Oliveira, seu companheiro de equipa na seleção de pista e na UAE Emirates, 'passou' "pela
covid-19 há 15 dias, três semanas": "Felizmente, não tive sintomas
grandes".
Depois de "descansar um pouco", conversou
com a equipa, e em conjunto analisaram os dados e descobriram o luso numa "forma muito boa".
Depois da Vuelta, que acaba em
11 de setembro, Ivo Oliveira não esconde a ambição dupla de representar
Portugal em dois Mundiais de ciclismo: de 18 a 25 de setembro em Wollongong,
Austrália, na estrada, e depois em outubro em Saint Quentin, França, na pista.
"O
Mundial de estrada também é um objetivo, mas não depende de mim, depende do
selecionador. Acho que vou sair em boa forma da Vuelta, o percurso assenta
muito bem tanto a mim, ao meu irmão, como ao João, e podemos ser uma boa ajuda
para ele no Mundial", analisa o jovem ciclista.
O Mundial de pista, depois, "é outro objetivo", a caminho
dos Jogos Olímpicos Paris2024, até pelo "sabor
amargo" que ficou pela
qualificação para Tóquio2020 que foi gorada por "azares
e quedas" dos irmãos.
Os bons resultados que obtiveram
na Taça das Nações, além do quarto lugar que apelidou de
"espetacular" conseguido por Diogo Narciso e Iúri Leitão no madison
dos Europeus, já este mês, deixam boas indicações para o esforço de
qualificação. "A sensação que temos é
que vamos conseguir ir aos Jogos e discutir uma medalha. Cada vez provámos mais
(...) Estamos ao nível dos melhores do mundo", afirma,
confiante.
A 77.ª edição da Volta a
Espanha arranca sexta-feira nos Países Baixos e termina em 11 de setembro em
Madrid.
Fonte: Record on-line
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