Ciclista português deixou garantia após conservar 3.º lugar, mas perder segundos para os adversários diretos na 16.ª etapa
Por: Lusa
Foto: Reuters
O ciclista português João
Almeida (UAE Emirates) prometeu esta terça-feira continuar "a lutar até ao fim" pela
vitória na Volta a Itália, após conservar o terceiro lugar, mas perder segundos
para os adversários diretos na 16.ª etapa.
"Foi
um dia muito difícil. Fiquei surpreendido comigo mesmo, foi sempre a todo o
gás, o dia todo, sem pausas. Nas últimas duas Voltas a Itália, não fiz etapas
assim, com montanhas super grandes e muito duras. Estou muito feliz com a minha
performance e o resultado. Continuaremos a lutar até ao fim",
declarou aos jornalistas, após o final da etapa em Aprica.
Num dia, com mais de 5.000
metros de desnível de subida, o maior registo deste ano no Giro, em que o checo
Jan Hirt (Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux) venceu a solo, a 'etapa rainha'
foi um teste de força e determinação para o ciclista português, que
perdeu tempo, mas segue em terceiro na geral.
Hirt, de 31 anos, cumpriu os
202 quilómetros entre Salò e Aprica, a chegada tornada famosa por Marco Pantani
em 1994, em 5:40.45 horas, com o neerlandês Thymen Arensman (DSM) em segundo, a
sete segundos, e o australiano Jai Hindley (BORA-hansgrohe) a ser terceiro, a
1.24 minutos.
Nas contas da geral, Hindley
bonificou e aproximou-se da liderança do equatoriano Richard Carapaz (INEOS),
hoje quarto, que tem apenas três segundos de vantagem, com João Almeida, oitavo
na etapa a 1.38, a segurar o terceiro posto, mas a perder tempo, ficando agora
a 44 do líder. O espanhol Mikel Landa (Bahrain Victorious) aproximou-se do
português, e é quarto a 59 do primeiro.
Líder da classificação da
juventude, o jovem de 23 anos, das Caldas da Rainha, foi questionado sobre se
pensa na camisola rosa, de líder da geral, em vez da 'maglia bianca'
que ostenta.
"Exatamente.
Claro que vai ser super difícil, os adversários estão muito fortes",
respondeu.
O jovem luso quer "continuar a tentar" para
descobrir "o que é possível
conquistar", garantiu, e mostrou-se "feliz com a performance" e por
limitar as perdas a poucos segundos, seguindo "na
luta e a menos de um minuto" de Carapaz.
O 'maglia rosa', por sua vez, explicou
também que contava bater Hindley pelo terceiro posto, e assim bonificar, mas
classificou este como "um dia bom, ainda
assim".
"Perdi
alguns segundos para Hindley, mas ganhei mais para Almeida, pelo que o balanço
é positivo", explicou o ciclista de Carchi após cortar a
meta.
Já vencedor do Giro por uma vez,
em 2019, a 'Locomotiva' sente-se
"feliz" e com boas sensações para tentar um novo triunfo.
Mikel Landa, por seu lado,
junta-se ao português na avaliação de Carapaz e Hindley como estando "muito fortes", e a tentativa,
em que "faltou muito pouco para os distanciar",
dá-lhe confiança.
"Ainda
falta muito Giro. Na quarta-feira, por exemplo, será parecido a hoje e acho que
se vai sentir o esforço de um dia tão duro",
destacou.
Longe da 'guerra' pelos primeiros lugares, ainda
que tenha reentrado no 'top 10',
para 10.º, o veterano espanhol Alejandro Valverde (Movistar) tentou hoje, aos
42 anos, tornar-se no mais velho de sempre a ganhar numa grande Volta, fechando
no quinto posto.
"Talvez
tenha gasto mais energia do que a conta pedia, e em Santa Cristina paguei esse
esforço. Limitei-me a pôr o meu ritmo e tentei acabar bem. Veremos o que se
pode fazer nos próximos dias", avisou.
Na quarta-feira, a 17.ª etapa
liga Ponte di Legno a Lavarone em 168 quilómetros, com duas contagens de
montanha de primeira categoria, voltando a testar os homens da geral.
Fonte: Record on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário