O líder da Volta a Itália, o ciclista equatoriano Richard Carapaz (INEOS), o australiano Jai Hindley (BORA-hansgrohe), segundo, e o espanhol Mikel Landa (Bahrain Victorious), quarto, ganharam hoje segundos ao português João Almeida (UAE Emirates) na 16.ª etapa
Foto: AFP or licensors
O líder da Volta a Itália, o
ciclista equatoriano Richard Carapaz (INEOS), o australiano Jai Hindley
(BORA-hansgrohe), segundo, e o espanhol Mikel Landa (Bahrain Victorious),
quarto, ganharam hoje segundos ao português João Almeida (UAE Emirates) na 16.ª
etapa.
Num dia, com mais de 5.000
metros de desnível de subida, o maior registo deste ano no Giro, em que o checo
Jan Hirt (Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux) venceu a solo, a ‘etapa rainha’
foi um teste de força e determinação para o ciclista português, que perdeu
tempo, mas segue em terceiro na geral.
Hirt, de 31 anos, cumpriu os
202 quilómetros entre Salò e Aprica, a chegada tornada famosa por Marco Pantani
em 1994, em 5:40.45 horas, com o neerlandês Thymen Arensman (DSM) em segundo, a
sete segundos, e o australiano Jai Hindley (BORA-hansgrohe) a ser terceiro, a
1.24 minutos.
Nas contas da geral, Hindley
bonificou e aproximou-se da liderança do equatoriano Carapaz, hoje quarto, que
tem apenas três segundos de vantagem, com João Almeida, oitavo na etapa a 1.38,
a segurar o terceiro posto, mas a perder tempo, ficando agora a 44 do líder.
Landa aproximou-se do português, e é quarto a 59 do primeiro.
A luta pela geral dominou
grande parte das atenções num dia que contava com o ‘mítico’ Mortirolo,
antes de atravessar um vale até à subida para Santa Cristina, com pendentes de
dois dígitos, testando as credenciais dos favoritos tanto na ascensão como na
descida, técnica, sobretudo no primeiro caso.
Cientes da capacidade do
português no contrarrelógio, que fecha a ‘corsa rosa’ no domingo, em Verona, os
adversários fizeram por ganhar tempo ao ciclista, que se ‘segurou’, como na nona etapa até
Blockhaus, e até chegou a reentrar no grupo.
Aí, Hindley teve um ‘golpe de génio’, ao atacar no momento em
que Almeida reentrava, fazendo-o voltar a descolar, situação que não se alterou
até à meta.
No risco, o jovem australiano,
segundo no Giro de 2020 em que o português vestiu a rosa 15 dias e acabou
quarto, conseguiu chegar ao terceiro lugar e bonificar quatro segundos, colocando-se
a três de Carapaz, que sempre pareceu 'protegido'
pela equipa até à subida final.
João Almeida voltou a mostrar
a cara de lutador, ao resistir e manter-se num golpe de vista de distância dos
favoritos, perdendo 14 segundos (mais os que bonificou Hindley), mas segurando
o pódio e permanecendo vivo na luta pela ‘maglia
rosa’, que seguirá acesa na alta montanha até ao ‘crono’ final.
A descida do Mortirolo, por
exemplo, ‘anulou’ logo um dos nomes da geral, com o italiano
Domenico Pozzovivo (Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux), de 39 anos, a cair
para sexto após uma queda, ficando atrasado após uma aceleração do seu
substituto no quinto posto: o compatriota, e veterano, Vincenzo Nibali
(Astana).
O ‘Tubarão de Messina’ foi o outro grande vencedor do dia, ao subir três
postos na geral para quinto, a 3.40 de Carapaz, numa grande exibição de força,
ultrapassando também o espanhol Pello Bilbao (Bahrain Victorious).
O espanhol caiu na ascensão
final, quase provocando um corte que apanhava João Almeida, e viu Mikel Landa
seguir junto dos homens do pódio, descendo para sétimo, com o alemão Emmanuel
Buchmann (BORA-hansgrohe) agora em oitavo.
O ‘eterno’ Alejandro
Valverde fecha o ‘top 10’, mas
já a 9.04 minutos.
Mais à frente na estrada, a
fuga do dia contou com vários ‘ilustres’ na tentativa de conquistarem a ‘etapa rainha’, depois de muitas
movimentações para se formar, entre ‘aventureiros’ e companheiros de equipa dos homens da geral,
como o italiano Davide Formolo (UAE Emirates).
Um deles foi o espanhol
Alejandro Valverde (Movistar), que aos 42 anos procurava ser o mais velho de
sempre a vencer numa grande Volta, em ano de despedida, mas acabou por ser
quinto, num esforço de horas para tentar chegar sozinho.
Na subida para Santa Cristina,
foi outro ‘resistente’, Jan
Hirt, a fazer a diferença, aguentando os ataques do alemão Lennard Kämna
(BORA-hansgrohe), primeiro, e depois do neerlandês Arensman para conseguir
triunfar a solo.
“Tive
momentos bem difíceis, quando o grupo se partiu, sem haver colaboração, e tive
de regressar. No fim, na última subida, tive um problema com a bicicleta, além
de cãibras. Sofri imenso, mas queria mesmo ganhar, por isso lutei até ao fim”,
explicou o checo, agora nono na geral.
Na quarta-feira, a 17.ª etapa
liga Ponte di Legno a Lavarone em 168 quilómetros, com duas contagens de
montanha de primeira categoria, voltando a testar os homens da geral.
Fonte: Sapo on-line
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