Sean Quinn ataca para vitória em solitário
Por: José Carlos Gomes
O estadunidense Sean Quinn (Hagens
Berman Axeon) conquistou hoje a Clássica da Arrábida, exigente corrida de 181,2
quilómetros. O corredor do “viveiro” de Axel Merckx atacou nos últimos dez
quilómetros para estrear o palmarés profissional, a uma semana de completar 21
anos.
Esta quarta edição da Clássica da
Arrábida comportou “duas corridas” distintas. Antes da montanha, destacaram-se
Hélder Gonçalves (Kelly-Simoldes-UDO), Marcelo Salvador (LA Alumínios-LA
Sport), João Matias (Louletano-Loulé Concelho), Francisco Morais
(Tavfer-Measindot-Mortágua) e Tiago Leal (Sicasal/Miticar/Torres Vedras). O
quinteto andou em fuga desde o quilómetro 15, mas a perseguição da Caja
Rural-Seguros RGA acabou com a iniciativa logo após a primeira das seis
contagens de montanha do dia.
A serra da Arrábida serviu apenas para separar o trigo do joio, atrasando os menos bem preparados, mas mantendo o pelotão dos candidatos junto em cabeça de corrida.
A aproximação ao circuito final
assistiu ao ataque Jon Irisarri (Caja Rural-Seguros RGA), Mathijs Paasschens
(Bingoal Pauwels Sauces WB), Emerson Oronte (Rally Cycling), Jarrad Drizners
(Hagens Berman Axeon) e Hugo Nunes (Rádio Popular-Boavista). O quinteto passou
adiantado na primeira passagem pela meta e começou com avanço o circuito de
Palmela, com passagem pelo "sterrato" da Estrada da Cobra.
O pelotão não conseguiu reagir, mas na última volta ao circuito, dentro dos últimos dez quilómetros, Jarrad Drizners, que havia descaído ao grupo principal, colocou Sean Quinn em cabeça de corrida. A dureza da Estrada da Cobra, subida em terra batida e gravilha, foi palco de uma exibição personalizada de Sean Quinn, que deixou todos para trás. Enquanto os outros fugitivos eram alcançados, o ciclista da Hagens Berman Axeon galgou terreno para comemorar a primeira vitória internacional da carreira.
Apesar das dificuldades do
percurso, a Clássica da Arrábida foi disputada a um ritmo frenético. Sean Quinn
cortou a meta com 4h20m49s, cumprindo a corrida à média de 41,684 km/h. O basco
Jonathan Lastra (Caja Rural-Seguros RGA, vencedor da edição transata, ficou no
lugar imediato, a 11 segundos. O belga Rémy Mertz (Bingoal Pauwels Sauces WB),
a 13 segundos, fechou o pódio.
“Comecei a temporada em Itália na
semana passada e não me saí tão bem como esperava, mas viemos para a Arrábida
com uma equipa forte. Desde o início que sabia que tinha capacidade para fazer
um bom resultado. Dei tudo o que tinha na última subida e ninguém me conseguiu
acompanhar. É uma sensação ótima porque não ganho uma corrida há dois anos. É a
minha primeira vitória internacional, por isso é muito bom. Penso que é um
impulso de confiança para Volta ao Algarve que, apesar de ser mais difícil, me
deixa muito entusiasmado”, confessou Sean
Quinn.
Tiago Antunes
(Tavfer-Measindot-Mortágua) comprovou o bom momento de forma já revelado na Clássica
Aldeias do Xisto e foi o melhor português, no quarto posto, a 13 segundos do
primeiro classificado.
As movimentações de Hugo Nunes na
montanha deram-se o título de rei dos trepadores da Arrábida. A Bingoal Pauwels
Sauces WB, com quatro homens nos quinze melhores, ganhou por equipas.
Fonte: Federação Portuguesa
Ciclismo
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