Português esteve na discussão da vitória ao sprint e fechou a tirada no sétimo posto
Por: Lusa
Foto: Twitter/Tirreno-Adriático
O campeão do mundo de ciclismo
de fundo, Julian Alaphilippe (Deceuninck -QuickStep), venceu esta quinta-feira
a segunda etapa do Tirreno-Adriático, na qual o colega de equipa português João
Almeida ficou a poucos metros de triunfar mas foi sétimo.
Alaphilippe conseguiu a
primeira vitória da temporada ao concluir a tirada entre Camaiore e Chiusdino,
de 202 quilómetros, em 5:01.32 horas, batendo ao sprint o holandês Mathieu van
der Poel (Alpecin-Fenix), segundo, e o belga Wout van Aert (Jumbo-Visma), que
ao ser terceiro segurou a liderança da geral.
Almeida, que tinha entrado nas
últimas centenas de metros isolado após atacar outros companheiros de fuga,
acabou por ficar em sétimo, ultrapassado, com a meta à vista, pelos homens mais
rápidos do pelotão, com a vitória a 'sorrir' ao companheiro de equipa, que
iniciou o 'sprint' após um ataque do britânico Geraint Thomas (INEOS).
Na geral, o luso de 22 anos é
oitavo, a 14 segundos de Van Aert, enquanto Alaphilippe subiu ao segundo posto,
agora a quatro segundos do 'maglia azzurra' belga, com Van der Poel em
terceiro, a oito.
Aproveitando o perfil
acidentado, João Almeida saiu para uma fuga ao lado do britânico Simon Yates
(BikeExchange), o russo Pavel Sivakov (INEOS), que já tinha visto o colega
colombiano Egan Bernal tentar, e o espanhol Mikel Landa (Bahrain- Victorious).
O quarteto foi-se revezando no
trabalho enquanto, no pelotão, a UAE Emirates do esloveno Tadej Pogacar
demorava a reagir, o que veio a fazer nos últimos quilómetros, reduzindo a
margem na frente.
A 1.700 metros da meta, João
Almeida atacou, já com Yates a ficar para trás, e quando foi a vez de Sivakov
tentar largar os dois ibéricos do grupo, o português saiu mais forte e entrou
isolado na reta da meta, acabando por perder a que seria a primeira vitória no
WorldTour para Alaphilippe.
"Não hesitei, estava
focado na minha posição. Foi uma etapa perfeita para nós, com o João na frente.
[...] É um sentimento muito especial", declarou Alaphilippe, que elogiou a
estratégia da equipa em resguardar-se, no pelotão, tendo um colega na frente.
Não tendo hesitado ao ver o
colega de equipa, o francês explicou que sabia que este "vinha bem nos
últimos quilómetros", mas, quando o viu na reta de meta, foi "a todo
o gás" até à vitória, a terceira na prova depois de duas na edição de
2019.
O melhor resultado português
no Tirreno-Adriático pertence a Acácio da Silva, que em 1985 foi segundo
classificado na geral final, atrás do holandês Joop Zoetemelk, e ganhou a
quarta etapa.
Para já, Almeida é oitavo na
geral e terceiro na classificação da juventude, no regresso a provas por etapas
após a Strade Bianche (37.º), tendo começado a temporada com o terceiro lugar
na geral final da Volta aos Emirados Árabes Unidos.
A 9.08 minutos, Nelson
Oliveira (Movistar) foi 85.º, subindo à 68.ª posição da geral, enquanto Ivo
Oliveira (UAE Emirates) é agora 93.º, após cortar a meta no 116.º lugar.
Na sexta-feira, a terceira
etapa liga Monticiano a Gualdo Tadino em 219 quilómetros, com uma ligeira
inclinação a caminho da meta.
Fonte: Record on-line
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