A 75.ª edição da Volta a Espanha arranca na terça-feira em Irún, terminando em 08 de novembro em Madrid
Por: EPA/Anne-Christine
Poujoulat / Pool
O esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma) e o britânico Chris Froome (INEOS)
são os principais candidatos a vencer a Volta a Espanha em bicicleta, este ano
reduzida a 18 etapas e ‘ameaçada’ pela pandemia de covid-19.
Inicialmente marcada para decorrer de 14 de agosto e 06 de setembro, saindo
dos Países Baixos e com várias etapas em Portugal, um regresso há muito
aguardado, a pandemia de covid-19 veio alterar os planos de todo o calendário
velocipédico, sem que a Vuelta fosse exceção.
A prova espanhola continua a ser a última das de três semanas e este ano
fecha o calendário WorldTour com um traçado com muita montanha, pela
prevalência do Norte, com menos três etapas e apenas um contrarrelógio.
Com quase 2.900 quilómetros, a ‘’Vuelta’’ começa este ano a ‘doer’, com a
montanha basca a marcar presença antes de um ‘olá’ em França, no mítico Col du
Tourmalet, antes de se encaminhar, dia a dia, até Madrid e à ‘procissão’ do
vencedor na capital.
Na 12.ª etapa, o Angliru promete testar as pernas dos candidatos, antes de
um ‘crono’ que termina em rampa, com a 17.ª e penúltima tirada como derradeiro
‘tira teimas’: o Alto de la Covatilla apresenta-se como o último momento para
criar diferenças.
Além de um percurso, que assentará, como é habitual na Vuelta, a um
trepador mais puro, a principal dificuldade em torno da prova é algo que é
incontrolável: a evolução da pandemia de covid-19 naquele país e as crescentes
questões sobre a sua viabilidade ao longo de 20 dias, 18 de competição e dois
de descanso.
Com medidas de restrição que a organização promete serem das mais
apertadas, o pelotão volta-se para a estratégia com duas equipas a partirem,
teoricamente, por cima: a Jumbo-Visma, que traz o vencedor de 2019, Primoz
Roglic, e o holandês Tom Dumoulin, e a INEOS, com um Chris Froome, campeão em 2011
e 2017, a despedir-se e o equatoriano Richard Carapaz, em Espanha após uma
Volta a França desapontante.
Froome, que ganhou quatro vezes o Tour e mais uma a Volta a Itália, é o
natural favorito em qualquer ‘grande volta’ em que participe, na última que vai
fazer pela equipa com que ganhou tudo, antes de sair para a Israel Start-Up
Nation, a partir de 2021.
Na Jumbo-Visma, a desilusão de Roglic em França, ao perder para o
compatriota Tadej Pogacar (UAE Emirates), pode alimentar a pretensão de
revalidar o título em Espanha, mas também o holandês Tom Dumoulin, campeão da
Volta a Itália em 2017, quererá mostrar-se.
A correr em casa, o veterano espanhol Alejandro Valverde (Movistar) tenta
sempre repetir o triunfo de 2009, num ano que terá ainda o francês Thibaut
Pinot (Groupama-FDJ), o holandês Wout Poels (Bahrain-McLaren) ou o irlandês Dan
Martin (Israel Start-Up Nation), além do colombiano Esteban Chaves.
Quanto aos ‘sprinters’, que terão até cinco oportunidades para tentar
vencer, os olhos estarão postos sobre o irlandês Sam Bennett
(Deceuninck-QuickStep), que venceu a classificação dos pontos no Tour, além de
duas etapas, mas também no alemão Pascal Ackermann (BORA-hansgrohe), além da
‘revelação’ belga Jasper Philipsen (UAE Emirates).
Nesta edição estão presentes quatro portugueses, desde logo o último luso a
vencer uma etapa na Vuelta, Nelson Oliveira (Movistar), que vai para a sexta
participação, mas também Rui Costa, campeão do mundo em 2013, parte de um duo
da UAE Emirates que inclui o estreante Ivo Oliveira, além de Ricardo Vilela
(Burgos-BH), que vai correr a prova pela quarta vez.
A 75.ª edição da Volta
a Espanha arranca na terça-feira em Irún, terminando em 08 de novembro em
Madrid, encurtada a 18 etapas, em vez das habituais 21.
Fonte: Sapo on-line
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