O ciclista esloveno lidera a prova com 44 segundos de vantagem sobre o 2.º classificado, o compatriota Tadej Pogacar.
O ciclista esloveno Primoz
Roglic (Jumbo-Visma) declarou estar “superfeliz” depois de hoje ter conquistado
tempo para todos os rivais à exceção de Tadej Pogacar, o seu compatriota que já
esperava ver em destaque na Volta a França.
“Pelo resultado, foi um bom
dia. Estou superfeliz. Enquanto podes ganhar tempo, cada segundo é uma vantagem
para ti”, disse o camisola amarela após ter cimentando a liderança da geral, no
final da 13.ª etapa do Tour.
Primoz Roglic foi o único
candidato a conseguir seguir na roda de Tadej Pogacar, quando o jovem da UAE
Emirates atacou na subida final até ao alto de Puy Mary, com o duo a cortar a
meta a 06.05 minutos do vencedor da tirada, o colombiano Daniel Martínez
(Education First), e a ganhar tempo para todos os outros favoritos,
nomeadamente para o campeão em título Egan Bernal, que agora é terceiro, atrás
dos dois eslovenos.
“Honestamente, esperava que o
Tadej Pogacar se saísse bem no Tour. Conheço-o e sei que é muito forte.
Competimos juntos nos campeonatos nacionais e desde o ano passado que já vimos
que pode alcançar grandes resultados, como aconteceu na Vuelta, pelo que [a
exibição de hoje] não foi uma surpresa. Estou muito contente de que tenham sido
dois eslovenos a coroar o alto”, assumiu Roglic, recordando a Volta a Espanha
do ano passado, em que venceu e o seu compatriota foi terceiro.
Sem encontrar uma justificação
para explicar o sucesso do seu país a nível desportivo, o antigo campeão
mundial de juniores em saltos de esqui considerou que, no ciclismo, o segredo
está em que os corredores eslovenos se motivam uns aos outros para melhorarem.
Ainda assim, o ciclista da
Jumbo-Visma não quis responder se Pogacar é agora o seu principal rival,
recordando que há muita Volta a França pela frente até à chegada a Paris, em 20
de setembro.
"Podem acontecer muitas
coisas, podemos ver outros ciclistas a estar com os melhores. Não olho a nomes,
só faço o meu trabalho e estou satisfeito com a situação em que estou”,
resumiu.
Já Pogacar revelou que decidiu
tentar atacar na última subida, depois do trabalho de aceleração realizado pela
INEOS de Bernal.
“Eu e o Primoz conseguimos
manter a distância e foi realmente um bom dia para ganhar segundos. Vi que o
Primoz hoje estava novamente muito forte no final. Foi difícil segui-lo nos
últimos 500 metros. Ele está em ótima forma. Não sei o que acontecerá nos
Alpes, mas vou continuar a lutar”, asseverou o agora segundo da geral, a 44
segundos da amarela.
O outro grande vencedor da
jornada, além do duo de eslovenos, foi Daniel Martínez (Education First), que
encontrou forças nos metros finais da subida para superar o alemão Lennard
Kämna (Bora-hansgrohe), que tinha sido um dos seus 16 companheiros na fuga do
dia.
“Já tinha vencido uma etapa no
Paris-Nice, no Dauphiné, mas o Tour é outra coisa. Quando via [a prova] na
televisão, nunca pensei que ganharia uma etapa do Tour. É fantástico!”, admitiu
o vencedor do último Critério do Dauphiné.
O colombiano, de 24 anos,
admitiu ter sentido cansaço na subida final, mas ter guardado suficientes
forças para o final, que “era mais fácil” para si.
“O ciclismo colombiano
atravessa um período extraordinário: é a primeira vez que temos quatro corredores
nos 10 primeiros. O [Rigoberto] Úran está numa grande forma e tudo faremos para
ajudá-lo”, vincou.
O líder de Martínez na
Education First é quarto na geral, atrás de Bernal, estando a 01.10 minutos de
Roglic. Seguem-se-lhe na classificação individual Nairo Quintana (Arkéa–Samsic)
e Miguel Ángel López (Astana).
Fonte: Sapo on-line
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