Por: Lusa
Foto: Pedro Ferreira
O presidente da Federação de
Triatlo de Portugal disse esta segunda-feira
que mais importante que debater o adiamento dos Jogos Olímpicos
Tóquio'2020 é "resolver rapidamente o problema" da pandemia da Covid-19
para que a prova ainda se realize este ano.
"Neste momento temos que
nos preocupar com as questões de saúde e depois perspetivar se os Jogos
Olímpicos no Japão são ainda este ano ou não", vincou Vasco Rodrigues.
O responsável pela Federação
de Triatlo de Portugal explicou que se tem "mantido em silêncio" por
ser necessário "toda a gente se centrar em resolver esta questão [da
pandemia da Covid-19]".
"Se estivermos todos
preocupados em resolver o problema, talvez ele se resolva rapidamente e a tempo
de ainda podermos organizar os Jogos Olímpicos", atirou.
Reconhecendo a importância dos
atuais constrangimentos e incertezas para as federações envolvidas nos Jogos
Olímpicos, como a de triatlo, o responsável sublinhou que o mais importante
"hoje em dia é a saúde das pessoas, estar em casa e resolver o problema".
Vasco Rodrigues explicou ainda
que foram encontradas "soluções para cada um dos atletas do projeto
olímpico" depois de "garantido o seu isolamento".
"Treinarem todos juntos
seria prejudicial e a maior parte deles está a treinar junto das suas casas e
com soluções específicas só para eles, como instalações que só eles têm
acesso", sublinhou.
O apoio de vários parceiros,
como associações ou freguesias, tem permitido ajudar e garantir que os
triatletas mantêm os índices de treino dentro dos registos mínimos para
manterem a perspetiva de Jogos Olímpicos em agosto, acrescentou.
Já o apuramento dos atletas é
um "problema sério", numa fase em que há três atletas qualificados.
"Temos como objetivo ter
a estafeta mista em Tóquio e isso depende de um evento que supostamente se
realiza em Valência em 01 de maio, e que ainda não foi cancelado, mas não
sabemos se irá realizar-se", lembrou.
O novo coronavírus,
responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em
todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.
Depois de surgir na China, em
dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização
Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, há 23 mortes e
2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral de
Saúde.
Dos infetados, 201 estão
internados, 47 dos quais em unidades de cuidados intensivos.
Portugal encontra-se em estado
de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 2 de abril.
Fonte: Record on-line
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