A
posição da Federação de Triatlo de Portugal relativamente a todas as situações
em prova é que prevaleça a verdade desportiva, posição partilhada também pelo
Conselho de Arbitragem e Competições, como consta no Regulamento Técnico, na
página 9, ponto 3.3:
3.3
a.) O dever da equipa de Arbitragem é garantir que a prova decorre de acordo
com os princípios de verdade desportiva, à luz do presente Regulamento Técnico;
Considerando
que a ausência de dorsal em nada beneficia a prestação do atleta, e que todos
os anos há inúmeras situações de atletas que perdem o seu dorsal sem por isso
serem desclassificados, é nosso entender que esta situação não deveria ser
exceção.
Contudo,
face à reclamação de alguns agentes desportivos, a norma não prevê margem de
apelo, pelo que destacamos o comportamento do Árbitro Chefe de Equipa que tudo
fez para resolver e ultrapassar a situação.
É
essencial perceber que a obrigatoriedade do uso de material de identificação
(touca, dorsal e nº de bicicleta) tem por princípio otimizar os processos de
classificação, arbitragem e segurança e, se numa prova individual, algumas com
mais de 500 atletas, com atletas estreantes e “desconhecidos”, a FTP consegue
identificar e classificar atletas sem dorsal, mais fácil se torna numa prova
por equipas, com 80 participantes, e tratando-se de um atleta olímpico.
Ou
seja, no Triatlo de Portimão não foi violado ou posto em causa o princípio que
está na base da criação da regra e, portanto, a desclassificação da equipa do
Sport Lisboa e Benfica prende-se com questões que fogem ao espírito da regra.
Assim,
perante a convicção de que a desclassificação da equipa do Sport Lisboa e
Benfica altera a verdade competitiva, a FTP propõe-se fazer as devidas
adaptações ao Regulamento Técnico, de forma a garantir que o cumprimento desta
regra tenha por fim exclusivo salvaguardar o princípio que está na sua génese,
e estender esta reflexão aos agentes desportivos da modalidade para que o
Triatlo mantenha as suas características vitais de fairplay e camaradagem.
Aproveitamos
ainda a oportunidade para lamentar o sucedido no percurso de natação na prova
de sábado, que condicionou a participação dos atletas. Efetivamente a equipa
técnica da prova deveria ter encontrado uma melhor solução para o percurso de
natação, sobretudo para a prova masculina e face aos problemas registados na
prova feminina.
Contudo,
não podemos deixar de relevar a dificuldade na preparação de percursos de
natação, num meio tão afetado por inúmeras variáveis, como o estado do tempo, a
amplitude da maré, a ondulação, entre muitos outros.
Neste
caso específico, e tratando-se de uma nova prova, o Delegado Técnico fez o
levantamento da situação e avaliou o percurso junto com o Clube local,
considerando que o mesmo teria pouca influência de corrente, o que infelizmente
não se fez sentir no dia, fruto do muito vento que se fazia sentir, mas também
da amplitude de maré que era bastante elevada, ditando assim que havia muita
água a entrar e a sair do rio na enchente e na vazante. Salientamos também a
salvaguarda da segurança e o devido acompanhamento dos atletas no seu esforço por
superar a corrente que se fazia sentir.
Fonte:
FTP
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