Com
um número de pessoas acima das expetativas para este tipo de prova, foi Vanessa
Pereira, individual, que se sagrou Campeã Nacional Individual de Longa
Distância (4km de natação, 120km de ciclismo e 30km de corrida) ao vencer o IX
Azores Islands Triathlon que se realizou em São Miguel no passado dia 3 de
novembro, com o tempo de 07:42:39. Céu
Coelho, do Sporting Clube de Espinho, foi vice-campeã da distância ao terminar
a competição em 07:54:34 e Liliana Veríssimo, do Núcleo do Sporting da Golegã,
subiu ao 3º lugar do pódio com 07:55:06.
Na
competição masculina José Estrangeiro, do CNATRIL Triatlo conquistou o título
de Campeão Nacional Individual de Longa Distância, seguido de João Ferreira, do
Estoril Praia Triatlo, que foi vice-campeão com a marca de 06:32:44. Na
terceira posição ficou Sérgio Marques, do CNATRIL Triatlo, com 06:35:53.
O
Estoril Praia Triatlo venceu competição feminina por clubes, seguido da
Associação Académica de São Mamede. Na prova masculina a primeira posição foi
para o CNATRIL Triatlo, seguido do Estoril Praia Triatlo e do CPArmada.
«Esta
distância, diferente dos anos anteriores, foi escolhida com o duplo objetivo de
efetuar o Campeonato Ibérico na distância longa da ETU e fazer uma prova
Portugal com o Campeonato Nacional», explica Fernando Correia, vice-presidente
para o quadro de competições da FTP. O percurso de natação foi realizado na
marinha, com águas calmas, o que permitiu um trajeto rápido. O segmento de
ciclismo era duro, com um declive significativo, com dificuldades acrescidas
pelas condições climatéricas que se apresentaram nesse dia, principalmente na
parte final do percurso em que o denso nevoeiro e a chuva dificultaram a
prestação dos atletas, num trajeto que era por si só já difícil por incluir
algumas estradas rurais estreitas e com trânsito aberto. Quanto à corrida era
maioritariamente plana.
Campeã Nacional Individual de Triatlo na Distância Longa
A
vencedora da prova, Vanessa Pereira, conta-nos que desde que a prova foi
anunciada há um ano que demonstrou o desejo de a fazer, dado que seria nos
Açores, numa altura em que o corpo pede descanso e numa distância que lhe
‘agrada muito’.
«A
natação foi feita em 3 voltas, num total de 4km, que na minha opinião tornou
esta longa hora menos monótona.» O percurso do ciclismo foi, tal como para
outros triatletas, a parte mais difícil de superar. «Durante o ciclismo o mau
tempo apareceu e foi marcado por chuva e nevoeiro que não me deixaram pedalar,
e sim travar com medo de cair.» E Vanessa acrescenta que ‘foi uma pena pois com
sol teria outro encanto’. «No percurso de duas voltas do ciclismo, cada uma de
60km, assentou que nem uma luva na gestão do esforço.»
Vanessa
entrou com uma vantagem tranquila na corrida, o que lhe permitiu desfrutar das
quatro voltas daquele segmento, fazendo os 30km a motivar outros atletas. «O
melhor deste percurso é que não é monótono, uma vez que estamos sempre a ver
atletas».
Segundo
a opinião da triatleta, esta é uma prova «com muito potencial que precisa de
investimento e melhorias, como por exemplo um percurso de ciclismo em estradas
principais que tenham melhor pavimento e talvez parcerias com entidades que
tornassem a prova mais acessível para os atletas.»
O Campeão Nacional Individual de Triatlo de Distância Longa
Quanto
ao vencedor da prova, José Estrangeiro, terminou com a sensação de objetivo
cumprido que era vencer individual e principalmente coletivamente para o clube
se mantivesse na luta pelo título. «Senti-me bastante bem na natação, consegui
impor logo um bom ritmo desde o início, selecionar um grupo. Saí da água com
vantagem de 1’30’’ para o João Ferreira.» Estrangeiro conta-nos que apesar de
ter ganho algum tempo na primeira volta do ciclismo, na segunda foi obrigado a
gerir o esforço, já que as sensações não foram as melhores. «Acabei por sair do
ciclismo apenas com 1’20’’ para João Ferreira (o segundo em prova). Na corrida
optei por começar num ritmo controlado, já que eram 30km e sabia que ia ser
bastante duro, à espera que o João me alcançasse; ele acabou por ganhar algum
tempo nos primeiros três quilómetros, mas depois a partir daí comecei a ganhar
tempo, cheguei a ter uma vantagem de três ou quatro minutos e a partir daí foi
a gerir até ao fim, apesar de neste segmento também não me ter sentido nas
melhores condições.»
O
triatleta do CNATRIL Triatlo conta que a chuva e o nevoeiro dificultaram um
pouco o trajeto do ciclismo que percorria algumas estradas mais secundárias, o
que não facilitou a vida aos atletas. No entanto, José Estrangeiro faz um saldo
positivo:
«Foi
uma boa prova, é uma distância boa de se fazer, que já requer alguma maturidade
e experiência, o que constitui um desafio para todos os atletas. Foi uma aposta
ganha na minha opinião», conclui.
Segue-se
a última prova da época e última etapa do Campeonato Nacional de Clubes de
Triatlo de Longa Distância que irá realizar-se no dia 18 de novembro no IV
Triatlo Longo de Vilamoura.
Fonte:
FTP
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