O
triatleta que vive no Dubai já tinha conseguido bons resultados este ano, ao
obter um segundo lugar no IRONMAN 70.3 em Taiwan e um terceiro em Portugal, no
IRONMAN 70.3 em Cascais.
Fazendo
o balanço após uma das últimas provas da época, Filipe Azevedo equaciona a
possibilidade de se dedicar a competições desta distância no futuro, já que
este foi um ano de estreia com excelentes resultados. Nesta prova em concreto,
com um nível elevado, Filipe não sabia se conseguia alcançar o objetivo que se
tinha proposto em fica no top 3.
«A
prova correu bastante bem, senti que não estava na mesma condição física que há
uns meses atrás, mas tentei fazer a prova com o objetivo de alcançar uma
posição no pódio.» conta o triatleta.
O
percurso era rápido e fácil, completamente plano, o segmento de natação com
água totalmente lisa, 90km de ciclismo numa estrada de ida e volta, e com a
corrida à volta do espetacular lago Dishui, em Shanghai.
«Na
natação consegui ficar no grupo principal, havia dois atletas mais avançados,
mas senti que não valia a pena o esforço de os acompanhar – já tinha tentado em
provas anteriores -, sendo preferível resguardar-me um pouco, sem me expor logo
ao desgaste. No ciclismo tentei ir logo em primeiro desde o parque de transição
(sem contar com os dois atletas que se mantiveram na frente do triatlo desde o
início), mas passados 10km eu e cerca de seis atletas conseguimos apanhar os
primeiros.»
Numa
prova tão longa como o IRONMAN 70.3 (metade da distância completa do IRONMAN),
é normal que o triatleta passe por diferentes estados físicos e mentais,
alternando sensações melhores e piores.
«Foi
uma prova tática, com alguns ataques, mantendo-me sempre no grupo principal,
fiz um segmento de ciclismo bastante rápido. Na corrida tive algumas cãibras,
ao ponto de me sentar para calçar os sapatos, demorando algum tempo. Fiz os
primeiros 5km rápidos para alcançar o grupo da frente, consegui apanhá-los ao
fim de 4km. Quando cheguei ao grupo tentei atacar e descolar, mas não consegui,
não tive hipótese de o fazer.»
Filipe
sofreu desgaste pelo esforço anteriormente realizado, mas seguiu uma estratégia
de gestão do esforço, por vezes sentindo-se com força para atacar, outras
sentindo que tinha que se poupar; no final ficou com mais dois atletas já
conhecidos e comprenedeu que a única maneira de conseguir alcançar a vitória
seria com a quebra de um deles e vencendo o outro ao sprint. A 3km do fim
concretizou-se aquilo que previa:
«Fiquei
só eu e o triatleta de África do Sul, que ganhou um full IRONMAN há algumas
semanas atrás. Comecei a perceber que se tivesse alguma chance seria ganhar ao
sprint este atleta porque tenho experiência em provas mais curtas, esperei pelo
sprint final e consegui aumentar o ritmo mesmo no fim.»
Filipe
Azevedo sai desta prova muito satisfeito com esta vitória: «Era o trofeu que me
faltava, já tinha conseguido segundo e terceiro lugares em 2018, sendo por isso
um bom ano de estreia. Considero eventualmente no futuro dedicar-me apenas a
esta distância» conclui.
Em
segundo lugar ficou Matt Trautman 03:46:23
da África do Sul, com quem Filipe Azevedo ganhou ao sprint. Na terceira
posição subiu ao pódio o australiano Mitchell Robins com 03:46:50.
Fonte:
FPC
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