4 a 17 de
setembro 2016
Campeões da simpatia
Presença
bem notada nos três dias de aventura proporcionados pela Comissão de
Mototurismo da Federação de Motociclismo de Portugal, alguns dos mais
galardoados pilotos nacionais de todo-o-terreno deram nas vistas não só pelos
inegáveis dotes de condução mas, sobretudo, pela disponibilidade e simpatia.
Partilharam os trilhos, experiência e estórias únicas, contribuindo para ambiente
de excelente disposição e grande animação. E até ajudaram outros participantes
a resolver problemas mecânicos, sublinhando espírito solidário no todo-oterreno.
Descontrair do mundo das
corridas, recordar os prazeres do fora-de-estrada ou, simplesmente, desfrutar
com amigos as belas paisagens oferecidas pelo 2.º Portugal de Lés-a-Lés
Off-Road, foram argumentos que levaram uma boa “mão-cheia” de pilotos
consagrados a marcar presença no evento da FMP que, sublinhe-se, é
absolutamente desprovido de qualquer intuito competitivo. Nomes bem conhecidos
como Paulo Marques ou António Lopes, repetentes na mais radical das travessias
continentais, «matando o vício das duas rodas» e «partilhando momentos únicos
de condução com amigos». De forma simples, «através de trajecto divertido mas
com percurso de nível bastante fácil, é possível apreciar paisagens
incomparáveis, passando por locais de beleza ímpar e realmente marcantes»,
sublinhou o piloto de Famalicão.
Percurso muito variado e
pensado para todos os utilizadores de motos trail, incluindo as mais imponentes
maxi-trail, que cativou outros enduristas reputados, como Luís Ferreira, Pedro
Belchior ou João Rosa. Ou a dupla Oliveira, pai e filho que somam dezenas de
títulos nacionais de motocrosse, supercrosse e enduro. António, o pai,
experimentou «no ano passado e só na primeira etapa» mas, reconhece, gostou
tanto que voltou «pelo convívio, pela descoberta e pela possibilidade de andar
três dias inteirinhos de moto, sem stress e deixando de lado todas as
preocupações do dia-a-dia». Ou melhor, quase todas, porque a meio da etapa
inicial, entre Chaves e o Fundão, socorreu um participante com uma manete de
embraiagem partida, fazendo surpreendente operação ao adaptar um componente de
uma moto completamente diferente e de outra marca para que o participante
pudesse seguir viagem.
Apoio solidário que contou
com a assistência do filho, Luís, vice-campeão do Mundo de Enduro Junior e que
«depois de dois dias super-divertidos» teve que sair a correr de Évora,
viajando na própria Yamaha WR com que estava a participar no Lés-a-Lés
Off-Road, rumo a Vila Nova de Santa André onde foi vencer a derradeira prova do
Nacional de Super Enduro e assegurar mais um título de campeão português.
Piloto de enduro de outros tempos, também o presidente da Federação de
Motociclismo de Portugal, Manuel Marinheiro, marcou presença, rodando sempre no
meio do heterogéneo pelotão.
Pelotão
de “nuestros hermanos”
Com ritmo bem diferente mas
nem por isso menos divertidos, muitos participantes espanhóis deram colorido
especial à segunda edição do passeio através de estradões e trilhos nacionais.
Descobrindo o Lés-a-Lés através de «vários artigos publicados na Imprensa
espanhola depois da edição de 2015», um grupo de proveniências muito diversas,
«de Ferrol a Barcelona, de Granada e Madrid, de Orense a Jaen, unidos por uma
viagem de TT a Marrocos que correu muito mal» ficou «verdadeiramente encantado»
com os dias passados à descoberta de Portugal. Graças a «paisagens
verdadeiramente espetaculares em percurso fabuloso, e com uma organização de 5
estrelas, com apoio médico e mecânico sempre presente».
Já conhecedor da organização
da FMP, Jose Horjales regressou ao Lés-a-Lés e, uma vez mais, «na Vespa PX 125,
a mesma que em 2014 fez o Portugal de Lés-a-Lés por estrada, que acabou em Faro
e que, em 2015, ficou pelo caminho na primeira versão do Off-Road com problemas
mecânicos no primeiro dia». Agora, «o motor ficou sem compressão, parando a 71
quilómetros do final em Faro» deixando este galego de Ferrol «à beira de um
ataque de nervos, depois de tanto esforço para aguentar a dureza que este
evento representa para motos como a pequena Vespa». Desilusão que promete
combater em 2017, «regressando com a mesma máquina» a um evento que «seria
impossível realizar em Espanha tamanhas são as limitações para a prática do
mototurismo em fora-de-estrada».
Fonte: Portugal de
Lés-a-Lés Off-Road/Parceria Notícias do Pedal
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