Texto e fotos: José
Morais
Foi para a estrada
este domingo 10 de julho, o 8º passeio de cicloturismo do Núcleo dos Amigos do
Cicloturismo Mafra/Gare, um evento do calendário oficial da Federação
Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB), com os apoios
da União de Freguesias da Igreja Nova Cheleiros, e da Associação Amigos Capela
Nª Srª Fátima Mafra/Gare.
A concentração ocorreu
pelas 8 horas em Mafra/Gare junto á escola primária, pelas 9,15 era dada a
partida aos cerca de 200 participantes, para um trajeto de cerca de 50
quilómetros, percorridos pelo concelho, com passagem por Alcainça, Igreja Nova,
Mafra, Sobreiro, Riba Mar, Ericeira, Seixal, Sobreiro, Mafra, Alcainça, e
Mafra/Gare, onde o evento terminou cerca das 12,15.
O passeio pedalada a
pedalada:
A bela região de Mafra, é
sem dúvida bem conhecida por muitos motivos, os seus pontos turísticos, os
monumentos, caso do Convento de Mafra, a bela Tapada que dá o seu nome, as suas
aldeias históricas, as célebres Rotas Históricas das Linhas de Torres, a
Ericeira, reconhecida pelas suas praias, e ainda a Reserva Mundial de Surf,
como foi nomeada, entre muitas coisas que podem regalar um bom par de olhos. E
foi por alguns destes locais maravilhosos, que o passeio deste domingo passou,
numa zona um pouco acidentada, com um sobe e desce, de uma dificuldade
média/alta, mas a qual foi superada por todos, já que a pedalada foi certeira,
num domingo que acordou com alguma nubilidade, e bastante vento, foi este o
maior inimigo dos cicloturistas, mas superado por todos.
No final, Vítor Amado
responsável pelo Núcleo falou á nossa reportagem fazendo um balanço do evento
ao qual dizia; “ Estamos satisfeitos pelo resultado, tivemos aqui um bom número de
participantes, tudo correu bem, o que nos satisfaz, tentamos dar o nosso
melhor, tivemos aqui cerca de 40 pessoas do staff por detrás, para manter tudo
isto em funcionamento, e correu sem dúvida da melhor maneira. Queria agradecer
assim a todos os que marcaram aqui presença hoje, foi um prazer tê-los cá,
tentamos dar o nosso melhor, e convidava outros a virem em próximas edições,
apesar das dificuldades em parte do percurso, isto é cicloturismo e pensamos em
todos, vemos a modalidade com outros olhos, aparecem, são todos bem-vindos”,
e estas as palavras de Vítor Amado, que no final já nos falava comovido, pela
forma como vive a modalidade.
E foi sem dúvida um belo
passeio, como já referidas, as dificuldades por algumas irregularidades da
região, mas as maiores, sem dúvida o forte vento que se fez sentir, mas que
foram superadas por todos.
Temos ainda de referir o
excelente trabalho feito pela Brigada de Trânsito do GNR, e ainda com o apoio
do Grupo de Motares de Mafra, que deram a toda a caravana a máxima segurança
possível, num evento que terminou com um suculento almoço de porco no espeto, e
o convívio tarde dentro.
Por hoje, pouco mais para
dizer, apenas dar os parabéns á organização pela excelente receção, iremos fazer
uma semana de interregno por não haver eventos no próximo fim-de-semana,
voltaremos dentro de duas semanas, desta vez com um grande evento a realizar em
Pombal, vão ser as “14 Horas a Pedalar em Pombal” que este ano celebra a sua
15ª edição, e que muito promete entre as 22 horas de sábado dia 23, até ás 12
horas de domingo dia 24, até lá fica ainda um pouco de história de Mafra, com
os votos de bons passeio, boas pedaladas.
História de Mafra: “Vestígios
arqueológicos sugerem que o povoado hoje denominado por Mafra foi habitado pelo
menos desde o Neolítico. A origem do termo Mafra continua envolta em mistério,
sabendo-se apenas que evoluiu de Mafara (1189), Malfora (1201) e Mafora (1288).
Alguns autores
encontraram na sua origem o arquétipo turânico Mahara, a grande Ara, vestígio
de um culto de fecundidade feminina outrora existente no aro da vila. Outros,
radicaram o nome no árabe Mahfara, a cova, na presunção de que a povoação se
encontrava implantada numa cova, facto desmentido pelo reconhecido arabista David
Lopes. A vila está, isso sim, situada numa colina, cercada por dois vales onde
correm as ribeiras conhecidas por Rio Gordo e Rio dos Couros. Certo também é
que Mafra foi uma vila fortificada, podendo ainda hoje encontrar-se, na Rua das
Tecedeiras, um pouco da muralha que a cercava.
Os limites do castelo,
que tudo leva a crer assenta sobre um povoado neolítico, sucessivamente
reocupado até à Idade do Ferro, compreendiam toda a zona da "Vila
Velha", que hoje se inclui no espaço delimitado a Oriente pelo Largo
Coronel Brito Gorjão, a Sul pela Rua das Tecedeiras, a Ocidente pelo Palácio
dos Marqueses de Ponte de Lima e a Norte pela Rua Mafra Detrás do Castelo. A
designação desta rua deve-se ao facto de a povoação ter voltado, literalmente,
as costas ao flanco norte, por ser o mais exposto aos ventos. A densa floresta
que, consta, existiu até ao século XIX na Quinta da Cerca, constituída por
árvores de grande porte, reforçaria o paravento.
Em 1147, Mafra é
conquistada aos Mouros por D. Afonso Henriques, e em 1189 a vila é doada pelo
Rei D. Sancho I ao Bispo de Silves, D. Nicolau, que no ano seguinte lhe confere
o primeiro foral”.
Parceria: Notícias do Pedal/FPCUB*
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