A União Ciclista
Internacional (UCI) decidiu hoje suspender, com caráter imediato, a experiência
de utilização de travões de disco nas bicicletas que estava em curso nas provas
de estrada.
"Esta decisão vem
na sequência do pedido da Associação Internacional de Grupos Ciclistas
Profissionais (AIGCP) (...) após o acidente de que o corredor da Movistar Team
Francisco Ventoso foi vítima no domingo na 'clássica' Paris-Roubaix. Este
pedido teve o apoio dos Ciclistas Profissionais Associados, organismo
representante dos corredores", anunciou a UCI em comunicado.
O corredor espanhol,
que na quarta-feira alertou para os perigos dos travões de disco, ficou ferido
numa perna e foi submetido a uma intervenção cirúrgica depois de ter roçado na
parte traseira da bicicleta de outro ciclista durante uma situação confusa, com
travagens bruscas, em que se aglomeraram os corredores. Na mesma corrida, o
belga Nikolas Maes, da Etixx-QuickStep, sofreu um corte num joelho, provocado
também por um disco.
Depois dos primeiros
testes, efetuados em agosto e setembro de 2015, a UCI autorizou a utilização
deste tipo de travões nas provas de estrada a partir de 2016 em todos os
escalões profissionais, prometendo supervisionar a experiência. Entre as 18
equipas do WorldTour, há apenas duas a usar os discos.
"A UCI vai agora prosseguir consultas alargadas sobre este tema no
âmbito da sua Comissão de Material, no seio da qual estão representadas as
equipas, os corredores, os mecânicos, os adeptos, os comissários e a indústria
da bicicleta - através da Federação Mundial da Indústria dos Desporto -,
reafirmando que a segurança dois corredores foi e será sempre sua prioridade
absoluta", conclui o comunicado.
Fonte: SAPO Desporto c/ Lusa
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