Por: Miguel Marques
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
Sara Casasola protagonizou o
melhor desempenho da sua carreira ao vencer o Druivencross de Overijse,
alcançando a sua primeira vitória no Superprestige e tornando-se a primeira
italiana a fazê-lo. Numa corrida marcada pela lama, pela chuva e por um desfecho
dramático, a ciclista de 25 anos aproveitou uma queda tardia de Lucinda Brand
para cruzar a meta isolada e inscrever o seu nome na história da modalidade.
Uma
batalha de técnica e resistência
Durante quase toda a corrida,
Brand e Casasola foram inseparáveis, trocando ataques num percurso
escorregadio, técnico e repleto de armadilhas. As encostas cobertas de folhas e
as curvas traiçoeiras de Overijse transformaram-se num duelo tático entre a potência
da neerlandesa e a resiliência da italiana.
Brand parecia no controlo,
forçando o ritmo nas subidas e acelerando nas zonas de força, mas Casasola
respondeu a cada investida, recusando-se a perder o contacto. O confronto
atingiu o auge na última volta, quando a pressão e o terreno cobraram o seu preço
à antiga campeã do mundo.
O momento
decisivo
Com ambas à entrada de uma
curva rápida, Brand perdeu o controlo da bicicleta e embateu num poste de
madeira, sendo projetada para fora do percurso. Casasola reagiu de imediato,
passando para a frente e lançando-se num esforço final até à meta. Brand ainda
remontou e tentou minimizar o dano, mas a italiana manteve um ritmo
irresistível até cortar a linha de chegada com 12 segundos de vantagem.
"É inacreditável ganhar
uma corrida tão clássica", declarou uma emocionada Casasola após a prova.
"A Lucinda era muito forte e estivemos sempre no limite. Tive um pouco de
sorte, quando ela caiu, fui a todo o gás até ao fim".
"Sabia que a vitória
estava perto, mas tinha de me manter concentrada e continuar a insistir até ao
fim", acrescentou.
A
consagração de uma nova candidata
Com esta vitória, Casasola
confirma a sua ascensão no panorama internacional do ciclocrosse. Depois de
pódios consistentes em Essen e Ruddervoorde, a italiana da FAS Airport Services
- Guerciotti deu o passo que lhe faltava, mostrando sangue-frio, técnica
refinada e uma notável capacidade de leitura de corrida.
A vitória em Overijse dá-lhe
também a liderança do Superprestige, mas os desafios que se seguem serão ainda
maiores, com o regresso das grandes dominadoras da disciplina, Fem van Empel e
Puck Pieterse, à competição nas próximas rondas.
Por agora, no entanto, Sara
Casasola saboreia o triunfo que confirma o seu estatuto de nova estrela do
ciclocrosse. Em Overijse, mostrou que não é apenas uma promessa, é uma ciclista
que já pertence, por mérito próprio, ao topo do ciclismo feminino de inverno.
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