Esloveno, que já liderava, abriu mais vantagem para Jonas Vingegaard
Por: Lusa
Foto: Getty Images
Tadej Pogacar (UAE Emirates)
deu este sábado um passo decisivo rumo ao triunfo final no Critério do
Dauphiné, ao ganhar em solitário a etapa rainha para reforçar a liderança da
geral à frente do dinamarquês Jonas Vingegaard.
A três semanas do arranque da
Volta a França, o campeão em título da 'Grande Boucle' voltou este sábado a
derrotar o seu arquirrival Jonas Vingegaard, atacando a mais de uma dezena de
quilómetros do alto de Valmeinier 1800, a montanha de categoria especial onde
chegou isolado após 131,6 quilómetros desde Grand-Algueblanche.
"[O meu ataque] foi uma
defesa, para não ser atacado por todos da Visma", resumiu Pogacar,
assumindo não ter ido ao limite uma vez que a subida era longa e estava muito
calor.
Catorze segundos depois do
camisola amarela, que cumpriu a penúltima tirada em 04:10.00 horas e somou a
terceira vitória nesta edição do Dauphiné, chegou o dinamarquês da Visma-Lease
a Bike, que está a 01.01 minutos do esloveno na geral.
O duas vezes vencedor do Tour
(2022 e 2023), que no ano passado foi segundo atrás de 'Pogi', sofreu um novo
revés na sua confiança na corrida que serve como barómetro para a Volta a
França, tal como Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), que hoje cedeu mais 02.39
minutos para o líder da UAE Emirates.
O duplo campeão olímpico
parece definitivamente afastado do pódio final, onde o alemão Florian Lipowitz
(Red Bull-BORA-hansgrohe) tem um pé . Este sábado foi terceiro, a 01.21, e
ocupa a mesma posição da geral, a 02.21, antes dos 133,3 quilómetros entre Val-d'Arc
e Plateau du Mont-Cenis, onde, no domingo, a oitava e última etapa acaba após
uma jornada que inclui duas contagens de primeira categoria.
A etapa rainha da prova
francesa não dececionou, com as movimentações no grupo de favoritos a começarem
no emblemático Col de la Croix de Fer, onde a Visma-Lease a Bike voltou a
tentar dinamitar a corrida, com sucessivos ataques, conseguindo apenas isolar
Evenepoel, que ficou novamente sem companheiros, e diminuir a vantagem do
francês Romain Bardet (Picnic PostNL).
Na sua última prova como
profissional, o vice-campeão do Tour 2016 e rei da montanha da edição de 2019
da Grande Boucle esteve novamente em fuga, mas a sua tentativa acabou já na
escalada a Valmeinier 1800, a terceira de três contagens de categoria especial
da jornada.
O 'desaparecido' Sepp Kuss
abriu as hostilidades na subida final, mas o companheiro de Vingegaard não foi
longe, com a sua tentativa a anteceder um ataque fulgurante do camisola amarela
a que nenhum dos adversários conseguiu responder.
Faltavam pouco menos de 12
quilómetros para a meta quando 'Pogi' se isolou, sendo perseguido pelos
ciclistas que o seguiam na geral, o seu arquirrival da Visma-Lease a Bike e o
surpreendente Lipowitz, que acabaria por descolar da roda do dinamarquês.
Tal como na véspera, Evenepoel
não conseguiu acompanhar a pedalada dos homens do pódio e, no final de uma
jornada em que foi quinto, acumulou mais tempo perdido, estando já a 04.11
minutos de Pogacar, que lidera todas as classificações do Dauphiné, à exceção
da juventude.
"Hoje, queríamos
controlar todas as subidas, mas a Visma tentou distanciar-me com vários
ataques", notou, antes de criticar a postura da equipa neerlandesa na
descida após a Croix de Fer: "Não gostei [que me tenham tentado descolar],
mas é assim o ciclismo".
Já Vingegaard mostrou-se
"contente" com a sua "muito boa prestação" e com os números
registados na sétima etapa.
Fonte: Record on-line
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