Por: Carlos Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
A Volta a Itália de 2025 entra na sua fase mais espetacular. A 9ª etapa é um verdadeiro tributo à Strade Bianche, que promete ser um dos momentos chave desta edição da prova. Com mais de 30 quilómetros de estradas de gravilha, várias subidas explosivas e o final clássico na Via Santa Caterina, em Siena, esta etapa está desenhada para baralhar a classificação geral e oferecer espetáculo em terreno tradicionalmente reservado às clássicas de primavera. Fazemos a antevisão da etapa.
O percurso não é uma réplica na íntegra da Strade, mas aproxima-se o suficiente para manter intacta a sua essência: subidas curtas e íngremes, gravilha e um final técnico, onde o posicionamento será crucial. Entre os 68 e os 34 quilómetros para o fim, a corrida deverá explodir, com uma sucessão de setores técnicos, subidas exigentes e descidas traiçoeiras, que culminará com uma subida não categorizada de 1 km a 7% de pendente média
O Colle Pinzuto (450 metros a
12%) a 14 km da chegada e a Via Santa Caterina (16% de inclinação) no último
quilómetro da corrida, serão os pontos mais decisivos da etapa.
Condições
meteorológicas
O vento soprará de oeste ao longo da tarde, o que deverá resultar em vento de frente antes dos setores de gravilha e, posteriormente, vento lateral, aumentando o risco de abanicos. A chuva, prevista para parte da etapa, poderá tornar o dia ainda mais imprevisível e perigoso.
Os
Favoritos
A exigência técnica e táctica
do traçado fará com que muitos líderes da geral assumam uma postura defensiva,
tentando apenas limitar perdas e evitar quedas. Dos quatro homens da UAE Team
Emirates – XRG ainda com ambições na geral, Isaac del Toro pode ser o que se
sentirá mais à vontade neste tipo de terreno e poderá até sonhar com a Camisola
Rosa, enquanto os restantes (Ayuso, McNulty e Yates) deverão gerir a etapa com
maior prudência.
Mathias Vacek pode tirar partido do seu perfil e quem sabe tentar chegar à liderança da corrida. O mesmo se aplica a Tom Pidcock, que está em forma e teve um excelente desempenho na Strade Bianche nesta primavera. O britânico é um dos grandes favoritos para vencer esta etapa, a sua capacidade em subidas curtas, a técnica nas descidas e explosividade fazem dele o homem a bater.
Cerca de 90% dos homens da
geral irão limitar-se a sobreviver, poupando forças e apostando na
consistência.
Fuga ou
CG? Os nomes a ter em conta
O perfil da etapa e o grau de
risco envolvido tornam a fuga uma opção atrativa. Evita a luta pelo
posicionamento, reduz a exposição ao caos do pelotão e permite antecipar os
setores de gravilha com margem. Ciclistas como:
Francesco Busatto
Kevin Geniets
Jon Barrenetxea
Romain Bardet
Mads Pedersen e Wout van Aert
poderão ser candidatos a uma vitória, mas deverão estar ao serviço dos
trepadores das suas equipas.
E os homens da Jayco AlUla:
Paul Double, Felix Engelhardt e Davide de Pretto
A XDS Astana, que agora está
na liderança da corrida com Diego Ulissi e Lorenzo Fortunato, poderá adoptar
uma postura mais conservadora, focada em defender a camisola.
Ulissi, apesar de estar
habituado a subidas curtas, terá de se superar para manter a liderança. Com o
cansaço acumulado a fazer-se sentir e a natureza imprevisível do percurso, a
perda da Camisola Rosa é uma possibilidade real, mas se evitar os azares do dia
e estiver bem posicionado nos momentos chave, poderá mantê-la por mais uma dia.
Previsão
Volta a Itália 9ª etapa:
*** Tom Pidcock, Mathias Vacek
**Isaac del Toro, Egan Bernal,
Giulio Ciccone
*Mads Pedersen, Francesco
Busatto, Jon Barrenetxea, Paul Double, Romain Bardet, Felix Engelhardt, Primoz
Roglic, Juan Ayuso;
Escolha: Mathias Vacek
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