Pelo segundo ano consecutivo, o ciclista esloveno venceu a 'decana' das clássicas a solo
Por: Lusa
Foto: Lusa/EPA
O ciclista esloveno Tadej
Pogacar (UAE Emirates) conquistou este domingo em solitário a
Liège-Bastogne-Liège, depois de um ataque a 35 quilómetros da meta que lhe
permitiu vencer o seu nono 'Monumento'.
Pelo segundo ano consecutivo,
'Pogi' venceu a 'decana' das clássicas a solo, cortando a meta em 06:00.09
horas, após os 252 quilómetros de um percurso com partida e chegada em Liège,
na Bélgica.
"Sabe muito terminar a
primeira parte da temporada assim. Feliz por a temporada estar a correr de
forma perfeita. Estou muito feliz", afirmou Pogacar, após a segunda
vitória consecutiva e terceira no total na Liège-Bastogne-Liège.
O campeão do mundo assumiu que
o plano não era atacar em La Redoute, mas viu que "várias equipas não
tinham muitos ciclistas" e tentou testar os adversários.
"Quis testar um pouco as
minhas pernas e ver se conseguia alguma vantagem e depois decidia se ia
continuar ou não. Depois tinha boas pernas na subida a seguir a La Redoute e
continuei até à meta. Estou superfeliz", referiu.
Com o primeiro lugar mais do
que entregue, a luta pelo segundo lugar também ficou cedo reduzida a dois
ciclistas, com o italiano Giulio Ciccone (Lidl-Trek) a superiorizar-se ao
irlandês Ben Healy (EF Education-EasyPost), com ambos a cortarem a meta a 1.03
minutos de Pogacar.
Já dentro dos 35 quilómetros
finais, na subida ao Alto de la Redoute, o campeão do mundo atacou onde já era
esperado e deixou sem grande reação todos os adversários, em especial o belga
Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), que, mal colocado no pelotão, não
conseguiu responder.
"A QuickStep estava a
controlar a corrida e depois desapareceu da frente. Pensei que podiam estar a
poupar as pernas para La Redoute, mas depois olhei à minha volta e vi que ele
[Evenepoel] não estava e foi também uma boa motivação nesse momento",
assumiu Pogacar.
Apesar do trabalho que a sua
equipa fez ao longo da corrida, o campeão olímpico, a regressar à competição
após uma queda grave num treino, ficou num dos grupos mais atrasados, ainda
tentou responder, mas, sem capacidade para se juntar aos perseguidores de
Pogacar, encostou, mas não desistiu e acabou por terminar na 59.ª posição, a
3.11, cortando a meta debaixo de muitos aplausos.
Lá na frente, depois de
inicialmente parecer não ter tido um ataque suficientemente forte para garantir
o triunfo, Pogacar acabou por ir aumentando a vantagem e festejou
tranquilamente a sua sétima vitória esta temporada e o segundo 'Monumento'.
Para o esloveno, este foi o
nono 'Monumento' e tornou-se o ciclista em atividade com mais triunfos nas
cinco principais clássicas do calendário, juntando-se ao irlandês Sean Kelly e
ao italiano Fauto Coppi no quarto lugar desse ranking, mas ainda longe das 19
do belga Eddy Merckx.
Pogacar tornou-se também o
primeiro ciclista a conseguir terminar no pódio em seis 'Monumentos'
consecutivos, depois dos dois triunfos na Liège-Bastogne-Liège (2024 e 2025),
na Volta à Lombardia (2024) e na Volta a Flandres (2025), do segundo lugar na
estreia no Paris-Roubaix (2025) e do terceiro na Milan-Sanremo (2025).
Os portugueses Nelson Oliveira
(54.º) e Ruben Guerreiro (55.º), ambos da Movistar, cortaram a meta juntos, a
2.58 minutos de Pogacar.
Fonte: Record on-line
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