Por: Ivan Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
A temporada das clássicas de
primavera chega ao fim a 27 de abril com a Liège-Bastogne-Liège Feminina, o
grande encerramento das Ardenas para o pelotão feminino. É a prova derradeira
de uma campanha extenuante, onde as melhores trepadoras e puncheurs medem
forças num terreno seletivo e histórico.
Um
percurso curto, mas implacável
Ao contrário da versão
masculina, a prova feminina inverte a lógica geográfica: parte de Bastogne,
quase na fronteira com o Luxemburgo, e dirige-se para norte, terminando em
Liège. Mas, tal como nos homens, o final mantém-se inalterado — e brutal.
O percurso está recheado de subidas que vão filtrando o pelotão quilómetro após quilómetro. Entre elas, destacam-se duas que fazem parte do ADN da corrida: a Côte de La Redoute (1,5 km a 9,1%), terreno ideal para ataques explosivos e mudanças de ritmo, e a decisiva Côte de la Roche-aux-Faucons (1,2 km a 11%), a última oportunidade para as favoritas tentarem isolar-se.
Onde se
decide a corrida
A descida final até Liège,
depois do topo da Roche-aux-Faucons, é rápida e técnica. Tal como na versão
masculina, quem passar as subidas com vantagem terá a vitória ao seu alcance —
mas será preciso sangue-frio e pernas para aguentar até ao fim.
Clássica
entre Monumentos
Embora ainda não tenha o
estatuto oficial de Monumento, a Liège-Bastogne-Liège Femmes é uma das provas
mais prestigiadas do calendário feminino. Com um perfil que favorece trepadoras
explosivas, a corrida serve frequentemente como palco para duelos memoráveis
entre as melhores ciclistas do mundo.
Com as Ardenas a chegar ao
fim, Liège será mais do que uma corrida: será o derradeiro teste da primavera.
E quem triunfar aqui sairá não só com a vitória... mas com um lugar entre as
maiores.
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