Medalhado em Paris'2024 teve um controlo antidoping positivo nos Jogos Paralímpicos
Por: Lusa
Foto: LUSA
Luís Costa, o paraciclista
medalhado que teve um controlo antidoping positivo nos Jogos Paralímpicos
Paris'2024, afirma estar "de consciência tranquila" e revela que já
pediu a contra-análise ao teste positivo para clortalidona, um diurético.
Numa publicação na rede social
Facebook, a que deu o título "Do Céu ao Inferno", Luís Costa,
medalhado de bronze em Paris'2024, nega ter tomado deliberadamente o diurético.
"Fui notificado de que
testei positivo para uma substância proibida, em teste antidoping realizado em
Paris dois dias antes de competir. Segundo o relatório, trata-se de um
diurético (chlortalidona). Estou de consciência tranquila, não tomei deliberadamente
tal substância e já pedi a contra-análise", escreveu o atleta.
Luís Costa assume que
"avizinham-se tempos muito difíceis" para ele e que "o
julgamento público será imediato e implacável, como sempre acontece nestas
situações".
O Comité Paralímpico de
Portugal (CPP) divulgou hoje este controlo positivo, ocorrido ainda antes de
Luís Costa ter conquistado a medalha de bronze no contrarrelógio de ciclismo de
estrada da classe H5 (handbikes).
"O CPP foi notificado
pelo Comité Paralímpico Internacional, em data posterior à da competição do
atleta Luís Costa, de que este apresentou um 'resultado analítico adverso' em
teste de controlo antidoping realizado em Paris", lê-se no comunicado do
organismo paralímpico nacional.
Luís Costa, de 51 anos, está
"provisoriamente suspenso, estando a decorrer o prazo legal para o atleta
exercer o seu direito de defesa", esclarece o CPP.
Contactado pela Lusa, o chefe
da Missão de Portugal a Pari'2024, Luís Figueiredo, esclareceu que "a
suspensão provisória do atleta não implica, para já, a retirada da medalha, que
só poderá acontecerá depois de esgotados todos os recursos legais ao dispor do
atleta".
Na passada quarta-feira, Luís
Costa conquistou a medalha de bronze paralímpica na prova de contrarrelógio de
ciclismo de estrada da classe H5, disputada em Clichy-Sous-Bois.
"O CPP repudia qualquer
forma de adulteração de resultados e pugna por um desporto limpo e
transparente", acrescentou ainda o organismo no comunicado.
Este foi o segundo caso de
doping da missão lusa aos Jogos Paralímpicos Paris'2024, que terminaram no
domingo, depois de Simone Fragoso ter ficado afastada da estreia portuguesa nas
provas de powerlifting, após três presenças como nadadora.
Portugal terminou os Jogos
Paralímpicos Paris'2004 com sete medalhas e outros 18 diplomas.
Fonte: Record on-line
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