quarta-feira, 17 de julho de 2024

“Evenepoel tem pouca esperança no 2.º lugar ocupado por Vingegaard: "Nas etapas de alta montanha que faltam ele é melhor. Eu vou tentar reforçar o terceiro lugar”


Apesar de ter encurtado diferenças, Evenepoel considera que os 01.58 minutos de desvantagem que tem para o bicampeão em título são uma margem “demasiado grande” para recuperar

 

Foto: EPA

Remco Evenepoel garantiu que atacou para consolidar o terceiro lugar e não para ficar mais perto do segundo, apesar de ter percebido que o ciclista dinamarquês Jonas Vingegaard não estava bem no final da 17.ª etapa do Tour.

“Não olho para a segunda posição, numa etapa como a de hoje sou melhor do que ele [Vingegaard], mas nas etapas de alta montanha que faltam ele é melhor. Estou convencido que terá planos para esses dias. Eu vou tentar reforçar o terceiro lugar”, prometeu o líder da classificação da juventude, que tem o quarto classificado, o português João Almeida (UAE Emirates), a mais de sete minutos.

O belga da Soudal Quick-Step atacou nos derradeiros dois quilómetros da ligação de 177,8 entre Saint-Paul-Trois-Châteaux e Superdévoluy e ganhou 10 segundos ao camisola amarela Tadej Pogacar (UAE Emirates) e 12 ao dinamarquês da Visma-Lease a Bike.

“Vi que [Vingegaard] não estava no seu melhor dia, no sopé de Superdévoluy tinha um colega a puxar, mas o ritmo não era muito elevado. Desde o carro, disseram-me que o meu companheiro Jan Hirt estava na frente e, por isso, saltei. Consegui uns segundos, mas isso não é o mais importante”, justificou.

Apesar de ter encurtado diferenças, Evenepoel considera que os 01.58 minutos de desvantagem que tem para o bicampeão em título são uma margem “demasiado grande” para recuperar.

No entanto, o belga de 24 anos até podia ter ganhado mais segundos a Vingegaard, que teve a sorte de se ir ‘encontrando’ com colegas de equipa, nomeadamente Christophe Laporte e Wout van Aert, que tinham integrado a fuga, nos derradeiros quilómetros da tirada, quando as suas debilidades ficaram mais evidentes.

“Penso que se o Jonas não tivesse colegas na frente, o Remco e eu poderíamos ter colocado ainda mais pressão no Jonas e talvez o desfecho fosse diferente”, analisou também Tadej Pogacar no final.

De camisola amarela vestida, o esloveno da UAE Emirates só teve elogios para o seu novo grande amigo, defendendo que “Remco esteve superbem, fez um excelente ataque no final, mas a Visma fez um trabalho de equipa irrepreensível”.

Pogacar optou por não perseguir o camisola branca, ficando com Vingegaard, a quem ainda ganhou dois segundos no final, depois de até ter sido o primeiro a ‘mexer’ no grupo de favoritos, com um ataque no Col du Noyer.

“Estava a gostar da subida e queria testar as minhas sensações, as minhas pernas, para ver se na terceira semana continuam a ser boas. Percebi que podia abrir um espaço”, revelou ‘Pogi’.

Embora todos tenham reparado que teve um dia mau, Vingegaard desvalorizou-o, voltando ao discurso que tem usado desde o início do Tour.

“Estou a melhorar dia a dia, mas hoje não foi a minha melhor etapa. De vez em quando, todos temos um mau dia. Se este foi o meu dia mau, posso dar-me por feliz”, defendeu o ‘vice’ da geral, que está a 03.11 minutos de Pogacar.

Fonte: Sapo on-line

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