Apesar de ter encurtado diferenças, Evenepoel considera que os 01.58 minutos de desvantagem que tem para o bicampeão em título são uma margem “demasiado grande” para recuperar
Foto: EPA
Remco Evenepoel garantiu que
atacou para consolidar o terceiro lugar e não para ficar mais perto do segundo,
apesar de ter percebido que o ciclista dinamarquês Jonas Vingegaard não estava
bem no final da 17.ª etapa do Tour.
“Não olho para a segunda
posição, numa etapa como a de hoje sou melhor do que ele [Vingegaard], mas nas
etapas de alta montanha que faltam ele é melhor. Estou convencido que terá planos
para esses dias. Eu vou tentar reforçar o terceiro lugar”, prometeu o líder da
classificação da juventude, que tem o quarto classificado, o português João
Almeida (UAE Emirates), a mais de sete minutos.
O belga da Soudal Quick-Step
atacou nos derradeiros dois quilómetros da ligação de 177,8 entre
Saint-Paul-Trois-Châteaux e Superdévoluy e ganhou 10 segundos ao camisola
amarela Tadej Pogacar (UAE Emirates) e 12 ao dinamarquês da Visma-Lease a Bike.
“Vi que [Vingegaard] não
estava no seu melhor dia, no sopé de Superdévoluy tinha um colega a puxar, mas
o ritmo não era muito elevado. Desde o carro, disseram-me que o meu companheiro
Jan Hirt estava na frente e, por isso, saltei. Consegui uns segundos, mas isso
não é o mais importante”, justificou.
Apesar de ter encurtado
diferenças, Evenepoel considera que os 01.58 minutos de desvantagem que tem
para o bicampeão em título são uma margem “demasiado grande” para recuperar.
No entanto, o belga de 24 anos
até podia ter ganhado mais segundos a Vingegaard, que teve a sorte de se ir
‘encontrando’ com colegas de equipa, nomeadamente Christophe Laporte e Wout van
Aert, que tinham integrado a fuga, nos derradeiros quilómetros da tirada,
quando as suas debilidades ficaram mais evidentes.
“Penso que se o Jonas não
tivesse colegas na frente, o Remco e eu poderíamos ter colocado ainda mais
pressão no Jonas e talvez o desfecho fosse diferente”, analisou também Tadej
Pogacar no final.
De camisola amarela vestida, o
esloveno da UAE Emirates só teve elogios para o seu novo grande amigo,
defendendo que “Remco esteve superbem, fez um excelente ataque no final, mas a
Visma fez um trabalho de equipa irrepreensível”.
Pogacar optou por não
perseguir o camisola branca, ficando com Vingegaard, a quem ainda ganhou dois
segundos no final, depois de até ter sido o primeiro a ‘mexer’ no grupo de
favoritos, com um ataque no Col du Noyer.
“Estava a gostar da subida e
queria testar as minhas sensações, as minhas pernas, para ver se na terceira
semana continuam a ser boas. Percebi que podia abrir um espaço”, revelou
‘Pogi’.
Embora todos tenham reparado
que teve um dia mau, Vingegaard desvalorizou-o, voltando ao discurso que tem
usado desde o início do Tour.
“Estou a melhorar dia a dia,
mas hoje não foi a minha melhor etapa. De vez em quando, todos temos um mau
dia. Se este foi o meu dia mau, posso dar-me por feliz”, defendeu o ‘vice’ da
geral, que está a 03.11 minutos de Pogacar.
Fonte: Sapo on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário