Ciclista colombiano terminou em terceiro lugar n'O Gran Camiño
Por: Lusa
Foto: Instagram Egan Bernal
Egan Bernal demonstrou n'O
Gran Camiño estar de regresso ao topo, mas o ciclista colombiano acredita que
ainda tem um longo caminho pela frente até voltar ao nível que o levou à
vitória em duas grandes Voltas.
"Penso
que posso estar feliz com o meu desempenho. Queremos sempre mais, mas, no
fundo, a minha performance foi boa. Estou satisfeito, mas ainda me falta um
longo caminho pela frente", avaliou o ciclista da INEOS,
após ter sido terceiro na prova galega, que terminou no domingo com a
revalidação do título do dinamarquês Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike).
Aos 27 anos, Bernal deixou
sinais animadores n'O Gran Camiño, como já o tinha feito num périplo pelo seu
país: conquistou a medalha de bronze na prova de fundo dos Nacionais, depois de
já ter sido sexto no 'crono',
e terminou a Volta à Colômbia na quinta posição.
"Quero
continuar a trabalhar. Nestes últimos meses, pude treinar normalmente e é algo
que não consegui fazer durante alguns anos. Por isso, agora que regressei à
normalidade, espero progredir", confessou.
O único sul-americano a vencer
a Volta a França ainda procura reencontrar o seu 'eu'
campeão, depois do terrível acidente que sofreu a 24 de janeiro de 2022:
colidiu com um autocarro a alta velocidade enquanto treinava com outros colegas
de equipa, e fraturou "quase 20
ossos", entre vértebras, fémur e rótula, além de ter
sofrido um trauma torácico e perfuração de ambos os pulmões.
Vencedor do Tour'2019 e do
Giro'2021, o colombiano, que chegou a estar ligado a um ventilador e que, a
posteriori, revelou que quase morreu, foi submetido a várias intervenções
cirúrgicas antes de regressar à estrada, sete meses depois, para uma série de
resultados dececionantes e desistências.
O início de 2023 foi para esquecer,
com quedas e abandonos, mas em meados da temporada os resultados começaram a
melhorar, sendo oitavo na Volta à Romandia e na Volta à Hungria, e 12.º no
Critério do Dauphiné. Nas grandes Voltas, no entanto, ficou longe dos
primeiros, ao ser 36.º no Tour e 55.º na Vuelta.
Apesar bom arranque neste
início de 2024, o corredor da INEOS mostrou-se humilde, ciente de que a
diferença entre si e Vingegaard, o bicampeão em título da Grande Boucle, é
abissal.
"Claro
que estou um pouco melhor, aliás, muito melhor quando comparado com o ano
passado, mas conheço-me, sei quais são os meus números [em termos de
performance] e percebo que ainda tenho um longo caminho para regressar ao meu
nível máximo. Espero que, treinando bem, seja capaz de reduzir um pouco a diferença
para o Jonas", declarou.
Cauteloso, Bernal prefere não
definir objetivos concretos para esta época, garantindo à Lusa só querer "continuar a trabalhar".
"Há
muita temporada pela frente, ainda estamos no início, falta muito e isto é
apenas um teste. Em prova, obviamente que todos queremos sair-nos bem, mas a
época é muitíssimo longa, e tenho de concentrar-me naquilo que realmente são os
objetivos da equipa, que são as grandes Voltas, e espero estar bem lá",
antecipou.
Embora sejam as corridas de
três semanas que o movem, o também antigo vencedor do Paris-Nice (2019) e da
Volta à Suíça (2019) rejeita atravessar-se quando a questão é em que grande
Volta vai participar este ano: "Pffff...
depende da equipa".
Certo é que, apesar de, para
já, não estar no oito do Tour, Bernal demonstrou que os piores prognósticos
sobre o seu futuro não se confirmaram e que pode ser uma peça importante para o
sucesso da todo-poderosa INEOS.
Fonte: Record on-line
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