Ainda assim, o ciclista dinamarquês recusa aceitar a vitória antecipada na Volta a França
Por: Lusa
Foto: AFP
Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma)
recusou hoje ‘aceitar’ a vitória antecipada na 110.ª Volta a França em
bicicleta, embora o seu maior rival, o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates),
tenha reconhecido que será mais difícil destronar o ciclista dinamarquês.
Após revelar que se sentiu “ótimo hoje” e agradecer à equipa e aos
seus diretores por o terem guiado “muito bem” durante a 16.ª etapa, o camisola amarela
confessou estar “mesmo, mesmo feliz” com
a vitória, até por ser a sua primeira “num
contrarrelógio na Volta a França”.
“Penso
que hoje até me surpreendi a mim mesmo com o contrarrelógio que fiz. Não
esperava sair-me tão bem, para ser honesto”,
disse.
O ciclista dinamarquês da
Jumbo-Visma cumpriu os 22,4 quilómetros entre Passy e Combloux, que incluíam
uma contagem de montanha de segunda categoria, em 32.36 minutos, relegando
Pogacar para a segunda posição na tirada, a 01.38 minutos, e o seu companheiro
belga Wout van Aert para a terceira, a 02.51 minutos.
Com a performance de hoje,
Vingegaard ‘descolou’ finalmente do esloveno da UAE Emirates, que está agora a
01.48 minutos, após dias sucessivos em que a diferença entre os dois se contava
em poucos segundos.
Ainda assim, o campeão em
título negou que o Tour esteja resolvido: “[Risos]
Não, ainda faltam muitas etapas duras, temos de continuar nas próximas etapas.
Estou ansioso”.
O líder da Volta a França, que
melhorou inclusive as perspetivas de melhor tempo da organização para o ‘crono’, declarou ter tido “um grande dia na bicicleta”.
“Desde
manhã que me sentia bem, desde as primeiras pedaladas. Queria dar o máximo no
início, conservar algo [de energia] na parte plana ... os meus números estavam
tão elevados que até pensei que o medidor [de potência] estava estragado”,
revelou.
A primeira vitória de etapa
nesta ‘Grande Boucle’ da Jumbo-Visma e do camisola amarela, que já
tinha somado duas no ano passado, foi mais impactante pela clara derrota de
Pogacar, um resignado segundo da geral.
“Não
podia fazer muito mais, estava a dar o máximo. Não foi o meu melhor dia, mas o
Tour não acabou. Ganhou-me muito tempo, mas vamos tratar de recuperá-lo. No
entanto, é evidente que será muito mais duro do que no ano passado”,
concedeu o ‘vice’ da passada edição, que acabou então com 02.43
minutos de desvantagem para Vingegaard.
O líder da juventude e
bicampeão do Tour (2020 e 2021) não esperava perder tanto tempo para o seu
rival na etapa de hoje “foi um pouco um
choque”, mas admitiu que “são
coisas que podem acontecer” no
ciclismo.
“Fui
segundo, o que não é mau, mas não foi suficiente”,
disse, defendendo a decisão de trocar de bicicleta para enfrentar a contagem de
segunda categoria instalada a 3,5 quilómetros da meta: “Acho que foi a decisão certa, estava melhor na bicicleta
clássica e só influenciou uns segundos”.
‘Pogi’ espera ter “boas
pernas” na quarta-feira, dia
da última jornada alpina, que inclui a subida ao Col de la Loze, o ‘gigante’ desta
‘Grande Boucle’, prometendo
que 17.ª etapa será interessante, sobretudo se chover.
“Ainda
faltam duas etapas duras, na minha opinião as mais difíceis deste Tour, tudo
pode acontecer. Qualquer um pode ter um dia mau”,
concluiu, embora reconhecendo que não é fácil ganhar quase dois minutos a
Vingegaard, quando faltam apenas cinco etapas, a última das quais de
consagração, no domingo.
Fonte: Sapo on-line
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