Por: José Morais
Foto: Instagram Strade Bianche
O ciclista da Ineos Grenadiers
Thomas Pidcock obteve a sua melhor vitória na Strade Bianche, na 17ª edição
realizada hoje, com 186 quilómetros percorrida em redor de Siena, com os seus
tradicionais onze setores de terra batida, com o ciclista britânico a fazer uma
fuga a 50 quilómetros da linha de chegada, apesar da distância do pelotão não
ser muita, conseguindo assim vencer com astúcia, agilidade, e ainda uma fraca
colaboração com os seus mais diretos perseguidores.
Entretanto três homens
resistiam à fuga, eram eles, Sven Erik Bystrom da ICW, Ivan Romeo da MOV e
Alessandro De Marchi da JAY, sendo a prova desenvolvida com alguma calma, sem
grandes ofensivas, mas com algum nervosismo, algo que acontece quando se anda
em sterrano, onde pode surgir uma queda ou um furo.
Já era esperado que a prova
quebrasse no Monte de Santa Marie ao setor oito, onde por normalmente surgem os
movimentos finais, mas apenas Alberto Bettiol da EFE iniciou as hostilidades,
com Andrea Bagioli da SOQ e Tom Pidcock da IGD a chegarem juntos a si, e onde
este último não esperou muito para se lançar numa fuga sozinho.
E logo no primeiro segmento da
descida, o britânico arriscou, mostrou a sua agilidade na bicicleta, e começou
a distanciar-se dos outros dois ciclistas italianos, assumiu o comando entre os
favoritos, já que pela liderança ainda iam resistindo Brystom e De Marchi.
Attila Valter da TJV e Mathieu
Van Der Poel da ADC, ainda conseguiram protagonizar alguns ataques num grupo
principal que o versátil Tom tinha na sua traseira, onde não havia favoritos
como Alaphilippe ou o BORA com Higuita, Vlasov ou Kamna.
Entretanto na estrada
alcatroada, algum desespero dos perseguidores, levava a uma série de mudanças
de ritmo, o qual fizeram uma quebra a Van Der Poel, que ficava de fora do grupo
onde estavam Zana da JAY, Tulett da IGD, Van Gils da LTD e Bagioli da SOQ,
enquanto isso, pereseguia um trio com Grégoire da GFC, Kron da LTD e Bilbao da TBV,
e mais tarde juntavam-se Mohoric da TBV, Madouas da GFC, Rui Costa da ICW,
Benoot da TJV, Valter da TJV, Simmons da TFS e Formolo da UAD.
No setor nove em Monteaperti
Pidcock deixa para trás De Marchi, já que Brystom já estava ainda mais atrás, e
passou o líder da corrida sozinho, mais atrás Benoot mudava o ritmo e trazia
Madouas e Rui Costa para apanhar o homem da Ineos, mas mais tarde, o próprio
parceiro de Tiejs, o húngaro Valter também se juntou ao grupo de perseguição, o
qual começou a não ser bem visto pela Jumbo, já que Benoot fazia um gesto claro
de desagrado, com a atitude de seu companheiro de equipa.
Mas para reforçar esse
conceito, na última secção de sterrato, Valter mostrava-se como o mais forte, e
apesar do grupo todo junto, novamente Benoot não aceitava, e quis fazer a sua
própria corrida, mesmo que Átila fosse melhor que ele.
Tudo isto na traseira e falta
de cooperação entre os perseguidores, deu mais força a Pidcock, que na altura
já tinha aumentando a sua distância, apesar de algumas vezes ficar à vista dos
seus perseguidores, não conseguindo ser alcançado e consegue cortar a linha de
chegada em primeiro lugar isolado.
O não entendimento na traseira
de Pidcock, deu origem a que o mesmo conseguisse chegar com 30 segundo de
avanço no final na Piazza Del Campo, depois de uma longa e difícil subida, com
uma vantagem muito confortável, exibindo a sua superioridade, com Madouas e
Benoot a fecharam o pódio, e o português Rui Costa a fazer quarto, um dos
melhores resultados feitos por um ciclista português na Strade Bianche.
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