Anúncio foi feito pela Bahrain-Victorious
O italiano Sonny Colbrelli vai
terminar a carreira de ciclista profissional, aos 31 anos, na sequência da
paragem cardiorrespiratória sofrida em março, na Volta à Catalunha, anunciou
este domingo a equipa Bahrain-Victorious.
"Face
aos conselhos médicos resultantes dos exames realizados, Sonny Colbrelli vai
retirar-se do ciclismo profissional, depois de lhe ter sido implantado um
desfibrilhador interno devido à paragem cardiorrespiratória sofrida pouco
depois de ter terminado a primeira etapa da Volta à Catalunha, em 21 de
março", refere o comunicado da equipa do Bahrain.
Em 21 de março, o campeão
europeu e italiano de fundo sofreu uma paragem cardiorrespiratória e teve de
ser reanimado, após cortar a meta em segundo lugar na etapa inicial da Volta à
Catalunha.
Colbrelli foi então
transportado de urgência para um hospital em Girona, em Espanha, mudando-se em
26 de março para a clínica de cardiologia da Universidade de Pádua.
Poucos dias depois, no
hospital daquela cidade italiana, ser-lhe-ia implantado um desfibrilhador
interno, sendo que, na altura, a Bahrain-Victorious revelou que a decisão de
colocar este dispositivo de suporte básico de vida tinha sido tomada pelo
próprio ciclista.
"Há
um ano, por esta altura, passei os meus dias a celebrar aquela que foi a
vitória mais importante da minha carreira, em Paris-Roubaix. Nunca pensei que,
um ano mais tarde, teria de enfrentar um dos maiores desafios da minha vida.
Mas é a minha vida e quero estar grato por ela, uma vida que arrisquei perder e
que me concedeu uma segunda oportunidade",
expressou Colbrelli, em declarações divulgadas pela Bahrain-Victorious.
O ciclista italiano admitiu
que nunca perdeu a esperança de prosseguir a carreira profissional, embora
sabendo que "as hipóteses eram
mínimas".
"Sabia
que seria difícil regressar à competição com um desfibrilhador. Em Itália não é
permitido. Mas não desisti. Retomei a atividade sob supervisão médica e
consultei vários especialistas, alguns dos quais acompanharam casos semelhantes
ao meu, como o do futebolista Christian Eriksen, que, como eu, tem um
desfibrilhador interno e retomou a carreira profissional. Mas o ciclismo não é
como o futebol. Corremos nas ruas, treinamos sozinhos, em estradas muitas vezes
isoladas, não jogamos num campo de futebol, onde, caso haja necessidade, a
intervenção médica pode ser imediata",
justificou.
Colbrelli venceu em 2021 o
Paris-Roubaix, o maior feito da sua carreira, num ano em que se afirmou no
pelotão mundial com vitórias também no Critério do Dauphiné e na Volta à
Romandia, entre outras.
Fonte: Record on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário