No primeiro ponto forte da prova, a mítica chegada no alto da Torre foi palco de verdadeiro espetáculo. Com início na Sertã e um total de 159 quilómetros, a etapa-rainha foi o primeiro verdadeiro embate entre os favoritos à camisola amarela, com André Cardoso a estar na discussão da jornada ao cruzar a meta em 4.º e escalar até ao 6.º lugar da classificação geral. Infelizmente, nem tudo foi alegre neste dia em que a equipa perdeu um elemento devido a queda, com Viktor Manakov a abandonar a prova por conselho médico. Atualmente, ainda se encontra em recuperação, tendo já recomeçado a andar de bicicleta sem forçar o treino.
Seguiu-se a etapa que antecedeu o dia de descanso, na qual foram percorridos 169,1 quilómetros entre a Guarda e Viseu, uma jornada onde a equipa se resguardou para a segunda parte da corrida. Regressados do descanso merecido, nada melhor do que uma estreia na Volta a Portugal com a chegada em alto no Observatório de Vila Nova, em Miranda do Corvo. Uma etapa de 165,7 quilómetros iniciada na Mealhada e bastante mexida, com a fuga a formar-se tarde e a equipa a conseguir ter novamente um corredor na frente, desta feita o experiente Micael Isidoro, caso fosse necessário um apoio na parte final a André Cardoso, que acabou por fazer novamente um excelente lugar ao ser 7.º na meta e subindo a 5.º na geral.
Chegados a mais um grande dia, desta feita especial para a equipa ao ter a Volta a Portugal a passar em Santa Maria da Feira, foi com Márcio Barbosa na fuga do dia que abordámos a jornada de 159,9 quilómetros entre Águeda e a Maia. O corredor da ABTF Betão-FEIRENSE fez jus ao nosso lema ‘garra de betão’ e passou na frente nas metas volantes do dia, em particular a que estava localizada em frente ao Estádio Marcolino de Castro, do Clube Desportivo Feirense. Embora sabendo difícil, a equipa tudo fez para que a fuga tivesse sucesso, mas o pelotão não deu descanso e acabou por alcançar os aventureiros já dentro dos derradeiros 10 quilómetros.
Após tantas emoções vividas, tentámos resguardar a equipa na etapa que se seguiu entre Santo Tirso e Braga, num total de 150,1 quilómetros, na qual André Cardoso acabou por passar um mau momento numa subida atípica para ele, no Sameiro. Ao darem-se conta desse momento, os adversários mais diretos, Tavira e Boavista, aproveitaram para abrir espaço, o que fez com que perdesse um precioso tempo. No dia seguinte, voltámos novamente a ser protagonistas da fuga do dia com Ivo Pinheiro na etapa que uniu Viana do Castelo a Fafe, num total de 182,4 quilómetros.
E como o tempo voa, chegámos à penúltima etapa e também ela de grandes emoções com a chegada ao alto da Senhora da Graça, em Mondim de Basto, após 174,5 quilómetros iniciados em Paredes. Venceslau Fernandes foi o homem forte para a fuga do dia e uma importante ajuda para André Cardoso na fase final, quando este passou por um mau momento na penúltima subida do Barreiro ao não conseguir fechar o espaço que o grupo com os favoritos à geral abriu.
Ao trabalho incansável de Venceslau Fernandes uniram-se dois elementos da equipa Louletano, que acabaram por assumir as despesas da perseguição e diminuir a vantagem da frente da corrida, mas não o suficiente para André Cardoso entrar na meta junto dos primeiros, acabando ainda assim em 6.º na meta e descendo para 6.º na geral.
O desfecho da 83.ª Volta a Portugal decorreu entre o Porto e Vila Nova de Gaia, num contra-relógio de 18,5 quilómetros. André Cardoso sofreu um percalço mecânico logo na parte inicial do esforço individual, o que o levou a perder algum tempo numa especialidade que não é a sua, acabando por descer a 7.º na classificação geral.
Declarações do director desportivo Joaquim Andrade
“Estou contente com a prestação da equipa. O André foi um dos protagonistas da corrida, teve o apoio dos colegas e todos tentaram, de uma forma ou de outra, cumprir tudo o que lhes pedi. A Glassdrive está de parabéns pela vitória, embora não consiga compreender como é que a equipa mais forte precisa da colaboração de mais duas equipas, que foi o caso que aconteceu nesta Volta a Portugal, em que a Java e a Bai-Sicasal ajudaram claramente em momentos cruciais para que a Glassdrive pudesse resguardar a sua equipa. De contrário, poderia ter dado mais liberdade tanto a nós como a outras equipas para podermos brilhar mais. De qualquer maneira, estou satisfeito com a prestação da minha equipa ABTF Betão-FEIRENSE. É motivador, principalmente porque iniciámos a época com uma equipa quase do zero e, pouco a pouco, fomos ganhando o nosso espaço. Chegámos à Volta a Portugal e tivemos a nossa melhor prestação da época, que serve de inspiração para a parte final do ano para as corridas que se avizinham”.
Os ciclistas e todo o staff da equipa agradecem o apoio e acompanhamento constante do presidente Rodrigo Nunes do Clube Desportivo Feirense, do administrador Danny Tavares e toda a equipa do Grupo Tavares, incluindo os seus clientes, e a todos os adeptos e seguidores da equipa, que foram numerosos ao longo da Volta a Portugal e uma motivação extra para nós.
Próximas competições ABTF Betão-FEIRENSE
» 20/08 Circuito de S. Bernardo - Alcobaça
» 21/08 Circuito da Malveira
» 22/08 Circuito da Moita
» 29/08-04/09 Grande Prémio Jornal de Notícias
Fonte: ABTF Betão-FEIRENSE
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