Antigo ciclista alemão não fica indiferente ao drama que se vive na Ucrânia Tony Martin foi ao pódio com Bradley Wiggins e Chris Froome
Foto: Reuters
O antigo ciclista alemão Tony
Martin anunciou este domingo que vai doar a medalha de prata do contrarrelógio
dos Jogos Olímpicos Londres'2012 para angariar dinheiro para ajudar as crianças
ucranianas afetadas pela investida militar russa.
"Todos
os dias vejo imagens terríveis da Ucrânia na TV, e parece-me tão errado ficar
sentado no sofá e aceitar isto. [...] Quero fazer o meu pequeno papel e ajudar,
e por isso vou doar a minha medalha olímpica para angariar fundos para a Wir
Helfen Kindern", uma instituição alemã de apoio a
crianças, explicou o antigo ciclista na rede social Instagram.
A Wir Helfen Kindern tem em
curso uma campanha de apoio à Ucrânia, pelo que as verbas conseguidas pelo
leilão pela prata olímpica do alemão, um especialista do 'crono', será depois convertido em ajuda
humanitária.
"Separar-me
do maior troféu que consegui ganhar na carreira não foi fácil, mas considerando
que milhões de pessoas perderam quase tudo, é algo que quero mesmo fazer.
Espero, do fundo do coração, que o povo ucraniano possa ter de volta a sua paz
e liberdade", acrescentou.
Tony Martin, de 36 anos, foi
um dos maiores especialistas de sempre no contrarrelógio, tendo conquistado
quatro títulos mundiais da especialidade (2011, 2012, 2013 e 2016), um recorde
que partilha com o suíço Fabian Cancellara.
O alemão, que venceu a Volta
ao Algarve em 2011 e 2013, venceu cinco etapas da Volta a França, onde chegou a
vestir de amarelo (2015), duas etapas na Vuelta e 10 títulos nacionais de
contrarrelógio, entre muitas outras vitórias, antes de retirar-se no final da
temporada passada.
No vasto palmarés do 'Panzerwagen' ficou a faltar o ouro
olímpico na luta contra o cronómetro, com a prata de Londres'2012 a figurar
como o seu melhor resultado.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro
uma ofensiva militar na Ucrânia que causou que matou pelo menos 1.081 civis,
incluindo 93 crianças, e feriu 1.707 feridos, entre os quais 120 menores, e
provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, das quais 3,8 milhões foram para
os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada
pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de
armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a
Moscovo.
Fonte: Record on-line
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