Por: Xavier Silva
Um ano depois, o Velo Clube do Centro, agora
com a equipa designada Tavfer- Measindot-Mortágua volta a marcar presença na
mais mediática e importante prova por etapas em território nacional, a Volta a
Portugal.
Entre os dias 4 e 15 de agosto a equipa Continental
UCI Tavfer-Measindot-Mortágua vai participar na 82.ª Volta a Portugal em
bicicleta, a prova mais aguardada da época e que representa um grande desafio
para o coletivo que vai participar na montra do ciclismo português.
Os sete corredores destacados para esta
competição pelo manager da equipa Pedro Silva e pelos dois diretores
desportivos, Hélder Miranda e Xavier Silva, são Joaquim Silva, Tiago Antunes,
Iúri Leitão, Gaspar Gonçalves, Pedro Pinto, Pedro Paulinho e Ángel Sanchez.
Todos eles passaram por um estágio prolongado em altitude, na Serra da Estrela
e Navacerrada, onde foi desenvolvido todo um trabalho de preparação para este
momento tão importante no percurso da equipa.
Uma equipa que apresenta um misto de
experiência com juventude que parte para esta competição com uma equipa com
25,8 anos de média de idades. Questionado sobre os objetivos para a prova, o
diretor desportivo Hélder Miranda, adianta que a ambição maior seria “um lugar nos 10 primeiros da Geral, com Joaquim Silva e
Tiago Antunes, que são ciclistas que esta temporada demonstraram noutras provas
que o conseguem fazer”.
Mas além deste objetivo concreto existem mais
dois: “Lutar em algumas etapas, já definidas,
por uma vitória nessa etapa, porque temos ciclistas bem capazes de o fazer.
Quanto às expectativas, essas serão de acordo com o nosso valor, temos uma
equipa experiente e isso para este tipo de provas é muito importante, tudo o
que estiver dentro das nossas possibilidades vai ser feito e cumprido”,
garantiu.
São 11 dias de competição, com um de descanso a
meio, que iniciam com um prólogo, seguindo-se 9 etapas e um contrarrelógio
individual para fechar a 82.ª edição da Volta a Portugal.
A competição inicia-se no dia 4 de agosto com
um prólogo de 5,4 quilómetros em Lisboa, na zona de Belém. Exercício curto,
marcará as primeiras diferenças, que não se esperam significativas.
A primeira etapa em linha começa com um momento
simbólico, a inauguração do Museu do Ciclismo Joaquim Agostinho. Será dali que
a caravana parte rumo a Setúbal, onde chegará, depois de percorridos 175,8
quilómetros.
A subida da serra da Arrábida, segunda
categoria instalada a 13,6 quilómetros da meta, fará a primeira grande seleção
de valores. Nas mais recentes incursões pela cidade do Sado com esta
aproximação, foi um grupo muito restrito que discutiu a etapa.
Segue-se uma viagem de 162,1 quilómetros entre
Ponte de Sor e Castelo Branco. Será uma das melhores oportunidades para os
velocistas, que terão, contudo, de ultrapassar o final técnico, já depois da
subida do Retaxo, terceira categoria, a 13,1 quilómetros do final.
A terceira etapa promete marcar diferenças
importantes, escalonando definitivamente o lote de corredores em condições de
aspirar à camisola amarela final. Será uma jornada de 170,3 quilómetros, entre
a Sertã e o alto da Torre, serra da Estrela, subindo desde a Covilhã, via
Penhas da Saúde. É a única contagem de montanha de categoria especial da prova.
A quarta tirada, antecedendo o dia de repouso,
começa em Belmonte e termina na Guarda, após 181,6 quilómetros de permanente
sobe e desce, culminando na escalada de terceira categoria para a linha de
meta.
O dia de descanso será um breve interregno
entre dificuldades. A quinta etapa ligará Águeda a Santo Tirso, num trajeto de
171,3 quilómetros com final no alto da Senhora da Assunção, prémio de montanha
de segunda categoria.
Na sexta etapa pedala-se entre Viana do Castelo
e Fafe, ao longo de 182,4 quilómetros. Os velocistas que tenham resistido até
esta altura e que suportem subidas curtas e explosivas poderão ter uma palavra
a dizer, já que para fazerem valer os dotes de sprinters deverão ultrapassar
com os melhores a curta, mas íngreme subida de Golães, a 4,6 quilómetros do
final, colocado na sempre exigente subida, parcialmente em empedrado, que
levará os ciclistas à Praça 25 de Abril.
A tirada seguinte, entre Felgueiras e Bragança,
com o sobe e desce tradicional das terras transmontanas, também poderá brindar
um velocista que consiga passar a média montanha.
A reta final contará com três etapas de elevado
grau de dificuldade. A oitava começa em Bragança e termina na serra do Larouco,
segundo ponto mais alto de Portugal Continental, no concelho de Montalegre, ao
cabo de 160,7 quilómetros. Antes da última subida, de primeira categoria, os
corredores ainda irão escalar a Bolideira (segunda categoria, km 74,3) e
Torneiros (primeira categoria, km 119,3).
A nona etapa, última em linha da Volta a
Portugal de 2021, começa em Boticas, estende- se por 1455 quilómetros, e
termina no alto do monte Farinha, junto à ermida da Senhora da Graça, em Mondim
de Basto.
A subida final será antecedida de quatro
prémios de montanha, o mais relevante o do Barreiro. É a primeira categoria
onde, na edição de 2020 da Volta a Portugal, se deu o ataque que destacou os
corredores que marcaram as diferenças suficientes para decidir quem estava em
condições de disputar a camisola amarela.
Depois de tanta montanha, será um
contrarrelógio individual a acertar as contas. A décima etapa é um “crono” de 20,3 quilómetros, na cidade de
Viseu.
“A equipa está muito
confiante e motivada. Houve um grande cuidado por parte de todos os corredores
para estarem na sua melhor forma física. É a corrida do ano! E sabemos que vai
ser um desafio muito duro, em 9 etapas em linha temos 5 com chegada em alto e
isso é bem espelho da dureza desta Volta.
Todos encaram a Volta como
um grande desafio e com a vontade de mostrar o seu valor. Não queremos ser mais
uma equipa a participar, queremos ser bem falados e dar continuidade aos bons
resultados que temos vindo a apresentar”.
Fonte: Tavfer- Measindot-Mortágua
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