domingo, 21 de março de 2021

“A italiana Elisa Longo Borglini ganha isolada Trofeu Alfredo Binda”


Por: José Morais

Foto: Getty Images

A 22ª edição do Trofeu Alfredo Binda, uma prova feminina do UCI Women's World Tour, foi a segunda da época de 2021 realizada este domingo, teve início em Cocquio-Trevisago, tendo a meta instalada em Cittiglio nos arredores do Lago Maggiore, no Noroeste da Itália, um evento cancelado em 2020 motivado pela pandemia.

Elisa Longo Borglini, a campeã italiana beneficiou do excelente trabalho da equipa da Trek-Segfredo, conquistando assim a sua vitória do no World Tour de 2021, Borghini venceu assim o Trofeu Binda com uma fuga sozinha de 28 quilómetros corrido nas colinas da Lombardia.

Fazendo uma jogada excelente, com uma boa tática da sua equipa, conseguiu chegar à vitória final, numa prova que terminou com quatro voltas de 17,6 km cada uma, com a subida à Vila de Orino, local onde ela apostou e saiu vencedora, nas costas de uma companheira de equipa Tayler Wiles.

Kasia Niewiadoma da Canyon-Sram foi a primeira a atacar juntando um pequeno grupo, um pouco antes da italiana atacar, desse grupo de perseguição estava incluída Marianne Vos da Jumbo-Visma, entre outras ciclistas que estavam dispostas a fazer a perseguição, o que deu margem a que Longo Borghini aumenta-se a sua vantagem para mais de um minuto, assim que chegou ao cimo da subida na última volta.

Após cortar a meta Borglini, Marianne Vos cortou em segundo, e Cecilie Uttrup Ludwig da FDJ-Nouvelle Aquitaine Futuroscope em terceiro com mais 1m e 42seg, com a equipa da SDWorx a notar-se a sua ausência, perdendo os principais movimentos na corrida, e ficando mesmo ausente no grupo de perseguidoras, com a sua principal ciclista Ashleigh Moolman Pasio, a terminar no 14º lugar, com mais 2, e 45 seg da vencedora.

 

E como foi a corrida:

 

Com diversos cenários, a segunda corrida do Women's World Tour continua a ser sempre espetacular, já que aconte-se nas colinas das margens leste do Lago Maggiore, ao norte de Milão, a edição deste ano que se iniciou na Vila de Cocquio Trevisago, o pelotão feminino correu os 27 km antes de cruzar a meta em Cittiglio, e antes de enfrentar os longos 44,4 km seguidos de quatro voltas num circuito fechado.

Tudo isto torna a prova muito irregular, onde por norma e feita uma seleção, onde existem colinas muito duras, com os 7,5 km finais a ser composto por uma descida muito rápida e aberta, e uma longa reta até à curva final com 90 graus à direita antes da reta final dos 250 metros.

A edição deste ano que teve início noma nova cidade, como tem acontecido nas edições mais recentes, existiu muitos ataques em alto ritmo, sem ninguém conseguir fugir até à primeira passagem da linha de chegada em Cittiglio, a partir dai, Marta Bastianelli da Alé-BTC Ljubljana a ex-campeã mundial atacou, e conseguiu vencer o sprint intermediário, conseguindo uma vantagem de 20 seg do pelotão, mas de nada serviu, já logo na próxima subida foi absorvida pelo pelotão que se tinha reagrupado.

A subida contou com diversos ataques, primeiro pela trepadora holandesa Paulina Rooijakkers da Liv Racing, que acelerou, e chegou ao cimo mesma com 20 seg de avanço, porem, Audrey Cordon-Ragot ataca e alcança Paulina, fazendo assim o primeiro movimento tático da Trek-Segafredo, com o pelotão a acelerar.   

Mas, ninguém consegue ficar longe da campeã francesa que foi absorvida quando a prova estava nos seus 90 km finais, mas, entretanto, surgiram mais ataques, o primeiro de Jeanne Korevaar da Liv Racing que fugiu na subida para Orino, a ela juntou-se Tatiana Guderzo da Alé-BTC Ljubljana, com as duas a correram o resto das voltas juntas.

Mas, graças a uma série de movimentos na subida de Orino feitos pela Trek-Segafredo, deu origem a que Longo Borghini passasse para a frente, fazendo um ataque quase selvagem, e a campeã italiana conseguiu destruir o grupo de perseguição, liderando os 25 km mais altos e fugiu para a vitória.

Com a velocidade imposta, apenas cinco ciclistas tiveram coragem para perseguir, foram elas Marianne Vos da Jumbo-Visma, à qual se juntou Soraya Paladin da Liv Racing, Kasia Niewiadoma da Canyon-SRAM, Mavi García da AléBTC Ljubljana e Cecilie Uttrup Ludwig da FDJ-Nouvelle Aquitaine Futuroscope, as quais fizeram uma perseguição forte, mas não conseguindo apanhar Elisa Longo Borglini, que chegou com 1m e 42seg sobre as fugitivas. 

 

No final o Top 10 ficou assim Trofeu Alfredo Bind, com 141,8km

 

1ª Elisa Longo Borghini (Ita) da Trek-Segafredo

2ª Marianne Vos (Ned) da Jumbo-Visma, a 1m 42 seg

3ª Cecilie Uttrup Ludwig (Den) da FDJ-Nouvelle Aquitaine Futuroscope a 1m 42 seg

4ª Kasia Niewiadoma (Pol) da Canyon-SRAM a 1m 42 seg

5. Soraya Paladin (Ita) da Liv Racing a 1m 42 seg

6. Mavi García (Esp) da Alé-BTC Ljubljana a 1m 42 seg

 

7. Elisa Balsamo (Ita) da Valcar Viagens e Serviços, a 2 m 46 seg

8. Sofia Bertizzolo (Ita) da Liv Racing a 2 m 46 seg

9. Emilia Fahlin (Sueco) da FDJ-Nouvelle Aquitaine Futuroscope a 2 m 46 seg

10. Floortje Mackaij (Ned) da DSM, tudo ao mesmo tempo a 2 m 46 seg

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