Por: José Morais
Foto: Getty Images
A 22ª edição do Trofeu Alfredo
Binda, uma prova feminina do UCI Women's World Tour, foi a segunda da época de
2021 realizada este domingo, teve início em Cocquio-Trevisago, tendo a meta
instalada em Cittiglio nos arredores do Lago Maggiore, no Noroeste da Itália,
um evento cancelado em 2020 motivado pela pandemia.
Elisa Longo Borglini, a campeã
italiana beneficiou do excelente trabalho da equipa da Trek-Segfredo,
conquistando assim a sua vitória do no World Tour de 2021, Borghini venceu
assim o Trofeu Binda com uma fuga sozinha de 28 quilómetros corrido nas colinas
da Lombardia.
Fazendo uma jogada excelente,
com uma boa tática da sua equipa, conseguiu chegar à vitória final, numa prova
que terminou com quatro voltas de 17,6 km cada uma, com a subida à Vila de
Orino, local onde ela apostou e saiu vencedora, nas costas de uma companheira
de equipa Tayler Wiles.
Kasia Niewiadoma da
Canyon-Sram foi a primeira a atacar juntando um pequeno grupo, um pouco antes
da italiana atacar, desse grupo de perseguição estava incluída Marianne Vos da
Jumbo-Visma, entre outras ciclistas que estavam dispostas a fazer a
perseguição, o que deu margem a que Longo Borghini aumenta-se a sua vantagem
para mais de um minuto, assim que chegou ao cimo da subida na última volta.
Após cortar a meta Borglini, Marianne
Vos cortou em segundo, e Cecilie Uttrup Ludwig da FDJ-Nouvelle Aquitaine
Futuroscope em terceiro com mais 1m e 42seg, com a equipa da SDWorx a notar-se
a sua ausência, perdendo os principais movimentos na corrida, e ficando mesmo
ausente no grupo de perseguidoras, com a sua principal ciclista Ashleigh
Moolman Pasio, a terminar no 14º lugar, com mais 2, e 45 seg da vencedora.
E como
foi a corrida:
Com diversos cenários, a segunda corrida do Women's World Tour
continua a ser sempre espetacular, já que aconte-se nas colinas das margens
leste do Lago Maggiore, ao norte de Milão, a edição deste ano que se iniciou na
Vila de Cocquio Trevisago, o pelotão feminino correu os 27 km antes de cruzar a
meta em Cittiglio, e antes de enfrentar os longos 44,4 km seguidos de quatro
voltas num circuito fechado.
Tudo isto torna a prova muito irregular, onde por norma e feita uma
seleção, onde existem colinas muito duras, com os 7,5 km finais a ser composto
por uma descida muito rápida e aberta, e uma longa reta até à curva final com
90 graus à direita antes da reta final dos 250 metros.
A edição deste ano que teve início noma nova cidade, como tem acontecido
nas edições mais recentes, existiu muitos ataques em alto ritmo, sem ninguém
conseguir fugir até à primeira passagem da linha de chegada em Cittiglio,
a partir dai, Marta Bastianelli da Alé-BTC Ljubljana a ex-campeã mundial
atacou, e conseguiu vencer o sprint intermediário, conseguindo uma vantagem de
20 seg do pelotão, mas de nada serviu, já logo na próxima subida foi absorvida
pelo pelotão que se tinha reagrupado.
A subida contou com diversos ataques, primeiro pela trepadora holandesa Paulina
Rooijakkers da Liv Racing,
que acelerou, e chegou ao cimo mesma com 20 seg de avanço, porem, Audrey
Cordon-Ragot ataca e alcança Paulina, fazendo assim o primeiro movimento tático
da Trek-Segafredo, com o pelotão a acelerar.
Mas, ninguém consegue ficar longe da campeã francesa que foi absorvida
quando a prova estava nos seus 90 km finais, mas, entretanto, surgiram mais
ataques, o primeiro de Jeanne Korevaar da Liv Racing que fugiu na
subida para Orino, a ela
juntou-se Tatiana Guderzo da Alé-BTC Ljubljana, com as duas a correram o
resto das voltas juntas.
Mas, graças a uma série de movimentos na subida de Orino feitos pela Trek-Segafredo,
deu origem a que Longo Borghini passasse para a frente, fazendo um ataque quase
selvagem, e a campeã italiana conseguiu destruir o grupo de perseguição,
liderando os 25 km mais altos e fugiu para a vitória.
Com a velocidade imposta,
apenas cinco ciclistas tiveram coragem para perseguir, foram elas Marianne Vos
da Jumbo-Visma, à qual se juntou Soraya Paladin da Liv Racing, Kasia Niewiadoma
da Canyon-SRAM, Mavi García da AléBTC Ljubljana e Cecilie Uttrup Ludwig da
FDJ-Nouvelle Aquitaine Futuroscope, as quais fizeram uma perseguição forte, mas
não conseguindo apanhar Elisa Longo Borglini, que chegou com 1m e 42seg sobre
as fugitivas.
No final
o Top 10 ficou assim Trofeu Alfredo Bind, com 141,8km
1ª Elisa Longo Borghini (Ita) da
Trek-Segafredo
2ª Marianne Vos (Ned) da Jumbo-Visma,
a 1m 42 seg
3ª Cecilie Uttrup Ludwig (Den)
da FDJ-Nouvelle Aquitaine Futuroscope a 1m 42 seg
4ª Kasia Niewiadoma (Pol) da Canyon-SRAM
a 1m 42 seg
5. Soraya Paladin (Ita) da Liv
Racing a 1m 42 seg
6. Mavi García (Esp) da Alé-BTC
Ljubljana a 1m 42 seg
7. Elisa Balsamo (Ita) da Valcar
Viagens e Serviços, a 2 m 46 seg
8. Sofia Bertizzolo (Ita) da Liv
Racing a 2 m 46 seg
9. Emilia Fahlin (Sueco) da FDJ-Nouvelle
Aquitaine Futuroscope a 2 m 46 seg
10. Floortje Mackaij (Ned) da DSM,
tudo ao mesmo tempo a 2 m 46 seg
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