Lidera com mais folga para os adversários diretos
Por: Lusa
Foto: Reuters
O esloveno Primoz Roglic
(Jumbo-Visma) conseguiu esta terça-feira a sua quarta vitória nesta edição da Volta
a Espanha em bicicleta, que agora lidera com mais folga para os adversários
diretos, enquanto Nelson Oliveira (Movistar) esteve perto de levar a etapa.
Roglic, já vencedor na
primeira, oitava e 10.ª tiradas, cumpriu hoje os 33,7 quilómetros da 13.ª etapa,
entre Muros e o Mirador de Ézaro, em 46.39 minutos, batendo o norte-americano
Will Barta (CCC), segundo, por um segundo, e Nelson Oliveira por 10.
Na geral, o esloveno, campeão
da Vuelta em 2019, recuperou a camisola vermelha, de líder, com o equatoriano
Richard Carapaz (INEOS) a cair para segundo, a 39 segundos, e o britânico Hugh
Carthy (Education First) em terceiro, a 47 segundos.
Depois de ter perdido a Volta
a França para o compatriota Tadej Pogacar (UAE Emirates) precisamente no
contrarrelógio, com uma 'escalada' no traçado, à semelhança de hoje, Roglic
pôde viver um momento de catarse ao completar um póquer de vitórias na Vuelta.
Ainda assim, não colocou o
tempo que se esperava de distância para Carapaz ou Carthy, este último a
'brilhar' com um quarto lugar e um grande 'crono', e poderá ser atacado no que
falta da prova até domingo, dia de 'procissão' em Madrid.
Ainda assim, o vencedor de
2019 foi cáustico sobre essa matéria. "É melhor estar 39 segundos à frente
do que estar 39 atrás", atirou.
"Foi lindo, não? É bom,
há muito tempo que não ganhava um contrarrelógio, é superagradável. Sinto-me
surpreendentemente forte. Pensei que fosse sofrer muito mais, mas estive muito
bem", acrescentou.
Outro ciclista em bom plano
foi Nelson Oliveira, que saiu para a estrada muito antes de 'Rogla' e desde
logo mostrou ao que vinha: registou o melhor tempo nos primeiros dois parciais
e chegou ao início da subida ainda antes dos 40 minutos, já depois de trocar de
bicicleta.
Na linha de meta, acabou por
'pulverizar' por 48 segundos o tempo que até aí vigorava, do francês Rémi
Cavagna (Deceuninck-QuickStep).
Mais tarde, foi Will Barta a
'desfazer' o sonho do português, que tem sido um dos grandes 'operários' dos
chefes de fila na Movistar, com o norte-americano a procurar uma vitória que o
colocaria no 'radar' das equipas, uma vez que ainda não tem contrato para 2021
e a CCC vai fechar.
Ainda assim, foi o camisola
vermelha, e também líder dos pontos, a triunfar, pela quarta vez, um número que
não se via na Vuelta por um só ciclista desde o italiano Mattia Trentin em
2017.
Com 11 vitórias, entre uma
etapa no Tour, que acabou em segundo, na Liége-Bastogne-Liège e noutras provas,
Roglic fica atrás apenas do francês Arnaud Démare (Groupama-FDJ) como principal
ganhador em 2020.
O campeão português de
contrarrelógio, Ivo Oliveira (UAE Emirates), conseguiu hoje um bom 'crono', com
o 22.º melhor tempo, enquanto Rui Costa (UAE Emirates) foi 42.º, Rui Oliveira
(UAE Emirates) foi 70.º e Ricardo Vilela (Burgos-BH) 121.º.
Na quarta-feira, a 14.ª etapa
liga Lugo a Ourense em 204,7 quilómetros, com três contagens de montanha de
terceira categoria no percurso.
Fonte: Record on-line
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