Segundo o 'L'Équipe', a
decisão prende-se com a necessidade de contenção de gastos
Por: Lusa
Foto: Reuters
O antigo ciclista francês
Jean-Christophe Péraud, segundo na Volta a França de 2014, deixou esta
terça-feira o trabalho como coordenador do departamento de controlo do 'doping
mecânico' da União Ciclista Internacional (UCI).
Segundo o diário desportivo
francês L'Équipe, a decisão prende-se com a necessidade de contenção de gastos
da UCI, face à pandemia de covid-19, com o antigo corredor a deixar um cargo
que ocupava desde 2017.
A luta contra o 'doping
mecânico', ou seja, a alteração de bicicletas para ganhar vantagens em
competição, foi uma das 'bandeiras' do atual presidente, David Lappartient, que
convidou Péraud.
"Aprendi muito na UCI,
mas agora gostava de trabalhar com uma equipa de ciclismo, em otimização de
rendimento", declarou o antigo corredor ao L'Équipe.
Questionado sobre se cumpriu a
missão para a qual foi convidado por Lappartient, o antigo corredor, de 43
anos, fez 'mea culpa': "Sim, a nível pessoal, porque estou ciente de que
não há 'batotice' ao mais alto nível da competição. Não, porque a UCI não
conseguiu convencer o público de que a batota não existe".
"Não há nada mais difícil
do que provar que algo não existe e a dúvida ainda permanece na mente do
público", admitiu.
As suspeitas quanto à
existência de 'doping mecânico' no pelotão internacional remontam às vitórias
do antigo ciclista suíço Fabian Cancelara na Volta a Flandres e no
Paris-Roubaix de 2010.
Fonte: Record on-line
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