Ciclista alemão salienta que é
algo que já acontece em várias competições
Por: Lusa
O ciclista alemão Emanuel
Buchmann (BORA-hansgrohe) afirmou que a Volta à França sem pessoas na estrada
não será uma novidade para os corredores, salientando que é algo que já
acontece em várias competições.
Emanuel Buchmann, que foi
quarto classificado no Tour em 2019, admitiu que com o calendário definido
existe uma "luz ao fundo do túnel", salientando que consegue suportar
corridas sem adeptos na estrada "durante um ano".
"Já corremos em várias
provas em que não existem muitos espetadores. Na Volta aos Emirados Árabes
Unidos, em Abu Dhabi, quase não se vê pessoas na estrada, por isso não será
algo completamente novo para nós", disse o ciclista em declarações à
agência DPA.
Para a edição deste ano do
Tour, que vai decorrer entre 29 de agosto e 20 de setembro, depois de ter sido
adiado devido à pandemia de covid-19, Buchmann salienta que o objetivo é um
lugar no pódio.
"O objetivo é melhorar e
isso significa um lugar no pódio, mas para que isso possa acontecer tudo tem de
correr bem", notou o ciclista de 27 anos, que considerou que a distância
entre o pódio e a vitória na prova "não é assim tão grande".
O ciclista da BORA-hansgrohe,
que considerou que é "monótono" treinar sem competição -- está
suspensa até 01 de julho, com o WorldTour a regressar apenas em 01 de agosto -,
explicou que não foram só as corridas a parar, lembrando que efetuou o último
controlo antidoping em março.
"Fiz o meu último teste
em março. Depois desse, não efetuei qualquer teste antidoping" salientou.
Em 05 de maio, a ministra
francesa do Desporto, Roxana Maracineanu, disse esperar que a Volta a França em
bicicleta, assim como o torneio de ténis de Roland Garros possam decorrer, com
ou sem público, sem, contudo, confirmar a sua realização.
O Tour está programado para
decorrer entre 29 de agosto a 20 de setembro, mas, em declarações à France
Télévisions, a ministra foi cautelosa quanto à realização da corrida.
"Pedem-me para manter o
Tour, mesmo à porta fechada. Espero que decorra, mas não tenho a certeza. Ainda
é muito cedo para dizer, não sabemos como será a epidemia após o
confinamento", referiu a ministra Roxana Maracineanu, sem dar qualquer
indicação ou esperança quanto à confirmação das datas.
Caso a Volta a França,
originalmente agendada entre 27 de junho e 19 de julho, tenha mesmo que ser
realizada sem público, a ministra conta que "as pessoas estejam cientes da
crise atual e obedeçam", no que toca a evitar a presença na beira da
estrada a incentivar os ciclistas, pois "é a única forma de evitar que a
pandemia alastre".
A nível global, segundo um
balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de
350 mil mortos e infetou mais de 5,5 milhões de pessoas em 196 países e
territórios. Cerca de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.
França é um dos países mais
afetados pelo novo coronavírus, registando 28.530 mortos em cerca de 183 mil
casos de infeção.
Fonte: Record on-line