Por:
Lusa
Os
antigos ciclistas Eddy Merckx e Bernard Hinault lamentaram esta quarta-feira a
morte de Raymond Poulidor, o 'eterno segundo' classificado da Volta a França,
prova da qual ainda é detentor do recorde de pódios.
"É
uma grande tristeza, é um grande amigo que parte", disse o belga Eddy
Merckx, considerando injusto resumir à expressão 'eterno segundo' a carreira
Poulidor, que faleceu hoje, aos 83 anos.
Merckx,
de 74 anos, referiu que "Poulidor não pode ser resumido ao facto de nunca
ter vestido a camisola amarela na Volta a França" e lembrou que o francês
venceu "muitas corridas importantes, como as clássicas Paris-Nice, La
Flèche Wallonne e uma edição da Vuelta, em 1964.
"Era
muito mais do que o eterno segundo", afirmou Merckx, lembrando o duelo com
Poulidor em 1974, ano no qual venceu pela quinta e última vez o Tour, que o
francês terminou em segundo lugar.
Bernard
Hinault lembrou os duelos protagonizado por Poulidor e Jacques Anquetil na
subida do Puy de Dome, na Volta a França em 1964, classificando-a de "um
momento fantástico" de ciclismo.
O
antigo ciclista francês, que admitiu torcer mais por Anquetil e Merckx,
destacou o "histórico palmarés" de Poulidor, que soma 189 vitórias
como profissional.
O
presidente francês, Emmanuel Mácron, destacou, no Twitter, "as façanhas e
a coragem" de Poulidor, que "ficará para sempre no coração dos
franceses".
A
morte de Raymond Poulidor, que estava hospitalizado desde 08 de outubro, em
Saint-Léonard-de-Noblat, onde residia há décadas, foi anunciada hoje pela
mulher do antigo corredor à AFP.
Poulidor
teve o 'azar' de rivalizar com Anquetil, primeiro a vencer cinco vezes o Tour,
entre 1957 e 1964, e Merckx, igualmente 'penta', entre 1969 e 1974, mas
construiu um historial notável, no qual se destaca a Vuelta de 1964, mas também
a Milão-San Remo de 1961, a La Flèche Wallonne de 1963, a Paris-Nice de 1972 e
o Dauphiné de 1966 e 1969.
Fonte:
Record
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