Por:
Lusa
Foto:
EPA
A
União Ciclista Internacional (UCI) vai utilizar este fim-de-semana, durante
"uma prova WorldTour", um sistema de controlo por raio X que permite
detetar a presença de motores nas bicicletas, foi esta quarta-feira anunciado.
O
objetivo, explicou em Genebra o presidente da UCI, é "proteger os
corredores contra os rumores", numa tentativa de demonstrar que o pelotão
internacional não utiliza o chamado 'doping tecnológico' para obter vantagens
na estrada.
"O
papel da UCI é garantir a fiabilidade dos resultados, proteger os atletas, e
protegê-los também contra os muitos rumores", afirmou o francês David
Lappartient.
Para
mostrar que não são utilizados motores escondidos nas bicicletas, um dos
objetivos do mandato do francês, que assumiu o cargo em setembro de 2017, esta
"solução inegável" permite 'ler' a bicicleta por dentro e evita
"que tenha de ser desmontada", referiu Jean-Christophe Péraud.
O
antigo ciclista francês, segundo classificado na Volta a França de 2014, foi
contratado em novembro pela UCI para liderar a comissão que desenvolveu o plano
de ação contra a fraude tecnológica no desporto.
A
primeira amostra da utilização da técnica de raio X, que já tinha sido
utilizada em 2010 no 'Tour', será "numa prova do calendário WorldTour
deste fim-de-semana", revelou Lappartient.
O
objetivo é que chegue, depois, a metade do calendário de estrada de elite, em
provas espalhadas por 18 países, com outras técnicas e dispositivos em
desenvolvimento para que as federações nacionais tenham "soluções mais
baratas", sendo que o raio X custou "cerca de 500 mil euros" a
desenvolver.
O
'doping tecnológico' não tem casos registados no ciclismo de estrada. A
primeira situação provada aconteceu com o belga Femke van den Driessche, que
utilizou um motor escondido numa bicicleta nos Mundiais de ciclocrosse e foi
suspenso seis anos.
Fonte:
Record on-line
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