Por:
Lusa
Foto:
Reuters
Marcel
Kittel (Quick Step-Floors) já é, embora em ex-aequo, o mais vitorioso dos
ciclistas alemães nas 104 edições da Volta a França, depois de esta
quinta-feira se ter imposto pela terceira vez no Tour de 2017, num triunfo
decidido pelo photo finish.
A
ilusão ótica atribuiu a vitória ao norueguês Edvald Boasson Hagen (Dimension
Data), mas o soberano photo finish determinou que a etapa pertencia, pela
terceira vez nesta edição e por apenas seis milímetros, a Kittel, que assim
somou o 12.º triunfo no Tour e igualou o recorde absoluto de Erik Zabel, o
homem que subiu, durante seis anos consecutivos, ao pódio dos Campos Elísios
como vencedor da classificação da regularidade (1996-2001).
"É
um feito incrível. Estou verdadeiramente orgulhoso", reconheceu o bom
gigante, referindo-se à marca que poderá superar ainda na 104.ª edição, antes
de prosseguir com rasgados elogios à sua equipa: "Estou numa forma
estupenda e estou super feliz com o trabalho da equipa. Penso que fizemos um
bom lançamento, acreditámos nesta vitória".
Kittel
tem sido mesmo o garante de animação destas longas tiradas. Para celebrar a
estreia das transmissões integrais de todas e cada uma das 21 jornadas do Tour,
a organização resolveu presentear os espetadores, e também os ciclistas, com
cinco etapas com mais de 200 quilómetros nos sete primeiros dias. Resultado?
Horas e horas de apatia, coloridas apenas por fugas formadas assim que a
partida é dada.
Hoje,
o filme da sétima etapa, uma ligação de 213,5 quilómetros entre Troyes e
Nuits-Saint-Georges, não foi diferente das anteriores: Maxime Bouet (Fortuneo-Oscaro)
atacou, Manuele Mori (UAE Team Emirates), Yohann Gène (Direct Energie) e Dylan
van Baarle (Cannondale-Drapac) responderam, e os quatros andaram na frente por
mais de duas dezenas de quilómetros, com uma vantagem máxima de quatro minutos.
Com
as equipas dos sprinters a calcularem milimetricamente todos os timings da
jornada, inclusive o momento oportuno de absorção dos fugitivos, a aproximação
à meta foi feita em filas paralelas, que iam assinalando, de mão no ar, as
perigosas divisórias nos últimos quatro quilómetros.
Os
encostos entre os homens velozes sucederam-se- o campeão francês Arnaud Démare
(FDJ) deu um chega para lá no seu arquirrival Nacer Bouhanni (Cofidis)-, sempre
em busca da melhor colocação, que Kittel, uma vez mais, falhou.
Completamente
fechado, o alemão descobriu um buraco na imensa rede de sprinters e negou a
vitória certa a Boasson Hagen. Embora, num primeiro momento, as câmaras
televisivas denunciassem um triunfo do norueguês, a realização do Tour
mostrou-se convicta de que era outro o vencedor, não largando o portento da
Quick Step-Floors até este ver confirmado o seu tri.
"É
de loucos. Regressar ao Tour, depois de 2013 e 2014 [ganhou quatro etapas em
ambas as edições], estar a festejar o terceiro sucesso é incrível. Estou tão
feliz", confessou o alemão, que cumpriu a tirada em 5:03.18 horas, à
frente de Boasson Hagen e do australiano Michael Matthews (Sunweb).
Se
Kittel é, incontestavelmente, o melhor dos sprints, Chris Froome (Sky) continua
a ser o melhor da geral: o britânico vai encarar, de amarelo, a importante
jornada de sábado, uma ligação de 187,5 quilómetros entre Dôle e Les Rousses,
que inclui uma contagem de primeira categoria a dez quilómetros de meta.
O
britânico tem 12 segundos de vantagem sobre o companheiro Geraint Thomas e 14
sobre o italiano Fabio Aru (Astana), numa geral em que Tiago Machado (Katusha
Alpecin) é 53.º, a 7.56 minutos.
Fonte:
Record on-line
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