Juan Benavides ou
Sebastian Molano, como é mais conhecido no ciclismo colombiano, foi o homem do
dia ao vencer a etapa mais longa da 35ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola com
208 quilómetros e discutida entre Mourão e Mértola.
Nos últimos metros, o
corredor da equipa Manzana Postobón teve resposta rápida para as investidas de
Christopher Lawless (Axeon Hagens Berman), segundo classificado, e do Camisola
Amarela, Carlos Barbero (Movistar Team).
A vitória colombiana
não fez “estragos” na liderança espanhola porque o terceiro lugar de Barbero na
etapa, somado às bonificações de duas metas volantes, consolidaram a liderança
agora com 12 segundos de vantagem sobre o italiano Rinaldo Nocentini. Daniel
Mestre (Efapel) chegou entretanto ao terceiro lugar e está a 19 segundos do
vencedor.
Uma corrida muito
nervosa
A nota mais
significativa da etapa, para além do reforço da vantagem do comandante e do
triunfo do jovem colombiano de 22 anos, foi a alta velocidade a que o pelotão
cumpriu o terceiro dia de competição, uma velocidade pouco habitual para uma
tirada tão longa. A média da etapa foi de 46,3 kms/h.
O pelotão apenas com
quase metade da etapa cumprida permitiu uma fuga. Daniel Turek (Israel Cycling
Academy), Anton Vorobyev (Gazprom-Rusvelo), Evan Huffman (Rally Cycling),
Domingos Gonçalves (RP-Boavista), Diego Rubio (Caja Rural-Seguros RGA) e Sean
Mckenna (Na Post Chain Reaction) conseguiram “enganar” o pelotão e chegar à
vantagem máxima de quase 3 minutos. Aos poucos a frente de corrida, já com
menos homens, acusava o trabalho que a atenta formação do Camisola Amarela, a
espanhola Movistar Team, ajudava a desenvolver no pelotão. A vantagem baixava a
cada quilómetro e “ficou por terra” ao quilómetro 124. Escassos quatro
quilómetros depois, uma queda enfraqueceu um pelotão, que chegou a estar
fracionado em grupos, e só ficou compacto a menos de 30 quilómetros da meta. No
fim da descida de acesso a Mértola uma queda, já no último quilómetro, deixou
caídos no asfalto vários homens com muitas marcas no corpo.
As Camisolas da
“Alentejana”
No terceiro dia da
Alentejana poucas alterações houve entre os melhores classificados e a
cerimónia de pódio repetiu os protagonistas anteriores com Carlos Barbero
(Movistar Team) a envergar de novo a Camisola Amarela Crédito Agrícola e a
Camisola Preta KIA da classificação por pontos. Sem montanha nesta etapa,
Aldemar Reyes (Manzana Postobón) manteve tranquilamente a Castanha Delta Cafés
e o holandês, segundo na etapa, Jasper de Laat ( Metec-TKH) chegou à Camisola
Branca RTP da juventude.
Da planície rumo ao
litoral alentejano
Este sábado a
caravana concentra-se junto ao rio Mira, em Odemira, para percorrer, a partir
das 11h45, a penúltima etapa da competição. Os corredores vão lutar por
bonificações em Sines, Vila Nova de Santo André e Grândola, tendo pela frente
um único Prémio de Montanha (4ª cat.) em Santiago do Cacém. Após cerca de 175
quilómetros, em que o Litoral Alentejano apenas se deixa encobrir pela Serra de
Grândola, a quarta etapa vai terminar junto ao Estádio em Alcácer do Sal.
Fonte: Podium
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