Na 102.ª edição da última prova de um dia das Ardenas,
Bélgica, com 248 quilómetros de extensão, a decisão da vitória ficou restrita a
um grupo de quatro ciclistas que se isolaram na penúltima subida do dia, a três
quilómetros da meta
O
ciclista português Rui Costa terminou hoje no terceiro lugar a 'clássica'
Liège-Bastogne-Liège, ganha pelo holandês Wout Poels, que deu à equipa
britânica Sky o primeiro 'monumento', depois de um 'sprint' a quatro.
Na
102.ª edição da última prova de um dia das Ardenas, Bélgica, com 248
quilómetros de extensão, a decisão da vitória ficou restrita a um grupo de
quatro ciclistas que se isolaram na penúltima subida do dia, a três quilómetros
da meta.
O
suíço Michael Albasini (Orica) atacou na penúltima subida, em empedrado, e Rui
Costa (Lampre Merida) foi o mais rápido a responder, com o espanhol Samuel
Sánchez (BMC) e o holandês Wout Poels a juntarem-se ao duo, já na descida.
Mesmo
com um quarteto desgastado, em que apenas Albasini comandava, o pelotão, já
reduzido a 20 ciclistas pelas três subidas dos últimos 20 quilómetros, não
tinha capacidade para perseguir a fuga.
A
última ascensão, que habitualmente decide a prova, impediu a recolagem dos
principais favoritos e Poels lançou o 'sprint' a 300 metros da meta instalada
em Ans, Liège, garantindo a primeira vitória da Sky nas clássicas mais
mediáticas - Milão-SanRemo, Volta à Flandres, Paris-Roubaix,
Liège-Bastogne-Liège e Volta à Lombardia.
"Gostei
muito da última fase da corrida. Estou orgulhoso pelo que consegui. É a vitória
mais importante da minha carreira. Não me sentia em grande forma na última
subida, só que os companheiros de fuga estavam todos muito cansados",
explicou Poels após a corrida, vencida em 6:24.29.
Albasini
garantiria o segundo posto, à frente de um Rui Costa que superou o quarto lugar
da Liège-Bastogne-Liège de 2015, alcançando o segundo pódio em 'monumentos',
depois do terceiro de 2014 na Lombardia.
Samuel
Sánchez terminou em quarto, já a quatro segundos do vencedor, à frente do russo
Ilnur Zakarin (Katusha), do checo Roman Kreuziger (Tinkoff) e do espanhol
Joaquim Rodríguez (Katusha). O holandês Bauke Mollema (Trek) foi oitavo, com
dois ciclistas da Astana a fecharem 'top-10', o italiano Diego Rosa e o estónio
Tanel Kangert.
Dos
grandes favoritos, o espanhol Alejandro Valverde (Movistar), que procurava o
quarto triunfo na prova, ficou sem companheiros que o ajudassem a 'caçar' a
frente da corrida e terminou em 15.º, sete lugares à frente do francês Julian
Alaphilippe, primeiro e segundo, respetivamente, em 2015.
José
Mendes (Bora Argon 18) foi o segundo português a completar a prova, ao fazer
86.º, a 5.27 do vencedor. Tiago Machado (Katusha) e Mário Costa (Lampre Merida)
abandonaram a corrida.
A última clássica da semana das Ardenas ficou marcada
pelas condições meteorológicas adversas, com neve e chuva forte, que obrigou
inclusive a uma alteração de percurso entre os quilómetros 45 e 75,
'aligeirando' a prova em cinco quilómetros.
Fonte:
SAPO Desporto c/Lusa
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