Fredy Gonzales Torres administrou substâncias proibidas a ciclistas durante a Volta à França'2020
Por: Lusa
Foto: Instagram Nairo Quintana
O médico colombiano Fredy
Gonzales Torres foi condenado esta quarta-feira a seis meses de pena suspensa
por posse e administração de substâncias proibidas a ciclistas, nomeadamente o
colombiano Nairo Quintana.
O tribunal de Marselha
determinou que Torres "utilizou métodos interditos junto de corredores, no
mínimo junto dos irmãos Quintana" durante a Volta à França de 2020.
Durante as buscas realizadas,
em 16 de setembro de 2020, nos hotéis ocupados pela Arkéa-Samsic e que
incidiram sobretudo nos espaços utilizados pelo médico, foram apreendidas 32
seringas e várias embalagens de 250 ml de soro fisiológico, que, de acordo com
a presidente do coletivo de juízes, são "incompatíveis com um uso
estritamente pessoal".
Lola Vandermaesen recordou que
os perfis genéticos de Torres e dos irmãos Nairo e Dayer Quintana foram
encontrados num garrote, considerando que as explicações dadas não foram
fundamentadas.
Fredy Gonzales Torres terá
ainda de pagar uma multa de 15.000 euros e uma quantia de 60.500 à
Arkéa-Samsic, para compensar a equipa francesa pelos danos financeiros, morais
e de imagem que sofreu.
Na altura, a Arkéa-Samsic
confirmou que um número "muito reduzido de ciclistas" foi alvo de
buscas no hotel por suspeitas de doping, que não eram dirigidas diretamente à
equipa ou ao staff técnico.
A procuradoria de Marselha
abriu, então, uma investigação após a "descoberta de vários produtos de
saúde, incluindo drogas [...] e especialmente de um método que pode ser
qualificado como doping".
No Tour'2020, a equipa
francesa colocou Warren Barguil no 14.º lugar final e o colombiano Nairo
Quintana no 17.º.
O semanário Le Journal du
Dimanche noticiou na altura que a polícia investigou o quarto de Quintana e do
seu irmão Dayer, o do compatriota Winner Anacona, bem como o dos massagistas e
alguns veículos.
Vencedor da Volta a Itália em
2014 e da Volta a Espanha em 2016, Nairo Quintana foi desqualificado do
Tour'2022, na qual tinha conseguido o sexto lugar, após terem sido descobertos
no sangue vestígios de tramadol, então interdito pela União Ciclista Internacional
-- atualmente, é também proibido pela Agência Mundial Antidopagem.
O também vice-campeão do Tour
em 2013 e 2015 corre atualmente pela Movistar, nunca tendo sido condenado pelo
ocorrido na 'Grande Boucle' de 2020.
Fonte: Record on-line
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