Por:
José Carlos Gomes
Rui
Costa e Nelson Oliveira representam Portugal no contrarrelógio individual de
elite do Campeonato do Mundo de Estrada, amanhã, em Bergen, Noruega. Os dois
corredores reconheceram hoje o duro percurso de 31 quilómetros.
A
véspera do dia de corrida foi uma jornada de trabalho para a dupla lusa, que
despertou cedo para a realização de um controlo antidopagem – procedimento
normal nas grandes competições –, antes de realizar um treino com cerca de duas
horas.
O
treino permitiu reconhecer o percurso do contrarrelógio, que será uma prova de
grande exigência, pois o circuito, a percorrer duas vezes, é marcado pela quase
ausência de terreno plano, um tradicional rompe-pernas com sobe e desce
permanente.
Endurecendo
ainda mais o exercício individual, os derradeiros 3,4 quilómetros serão
realizados em registo de “crono-escalada”, em pleno monte Floyen. A fase final
tem uma inclinação média de 9,1 por cento, mas várias curvas apresentam
pendentes que se aproximam dos 20 por cento de inclinação.
“O
reconhecimento feito na manhã de hoje deu para perceber que todo o
contrarrelógio é muito duro, não apenas a subida final. No entanto, será nessa
subida que serão marcadas as maiores diferenças, pelo que a escolha do material
terá de ser muito bem ponderada”, afirma Nelson Oliveira, que sairá para a
estrada às 15h12m30s (hora de Portugal Continental).
Rui
Costa considera que o contrarrelógio deste Mundial “não é para especialistas
puros. As duas voltas ao circuito são muito duras e ainda há a subida para a
meta, que ditará os resultados da prova”. O poveiro parte às 12h51m30s
portuguesas.
Tendo
em conta as especificidades do percurso, a organização criou uma área especial
para troca de bicicletas, no sopé do monte Floyen. Os corredores portugueses
fizeram hoje a subida e tomaram nota da dificuldade, de modo a escolherem o
material adequado para conseguirem um bom resultado.
Será
ponderada, entre os ciclistas e a equipa técnica, a melhor estratégia em termos
de material, pois, entre outros aspetos, é necessário avaliar necessidades de
andamentos e o tipo de rodas a usar. A decisão definitiva sobre a troca ou não
de bicicleta será tomada na manhã desta quarta-feira.
“As
decisões, que podem até nem ser as mesmas para cada um dos corredores, terão de
ser muito bem ponderadas e analisadas, porque disso depende um bom resultado no
Campeonato do Mundo. A prova que viemos encontrar aqui em Bergen tem uma fase,
as duas voltas ao circuito, que constitui um bom contrarrelógio para as
caraterísticas dos portugueses e que podemos considerar um exercício
convencional, mas a subida para a meta torna esta prova atípica”, explica o
selecionador nacional, José Poeira.
Fonte:
FPC
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