A
iniciativa surgiu depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter recebido a Seleção
Nacional de Futsal e anunciado que agraciará os seus elementos com as insígnias
de Ordem do Mérito.
“Não
está minimamente em causa o mérito desportivo da Seleção Nacional de Futsal. O
que está em causa é o tratamento diferenciado das seleções, atletas e agentes
desportivos de outras modalidades que são menosprezados e ignorados. Onde está
o mesmo tipo de reconhecimento por parte da Presidência da República para com
os Campeões da Europa e Campeões do Mundo de outras modalidades ? É fundamental
que o Senhor Presidente da República saiba que há desporto para além do futebol
e do futsal”, argumenta José Luís Ribeiro.
“Não
existem portugueses de primeira e portugueses de segunda, incumbindo inclusive
ao Senhor Presidente da República defender, cumprir e fazer cumprir a
Constituição da República Portuguesa”, refere o dirigente desportivo
exemplificando que “o ciclista português Tiago Ferreira (Campeão da Europa de
BTT Maratonas em 2017 e Campeão do Mundo de BTT Maratonas em 2016), entre
outros, não foi recebido pelo Presidente da República nem agraciado com
qualquer distinção, apesar do mérito das conquistas desportivas e da grande
qualidade e muito trabalho para os alcançar
“Esta
atitude discriminatória não é um exclusivo do Senhor Presidente Marcelo Rebelo
de Sousa, tendo sido também uma prática do seu antecessor” que também foi
oportunamente interpelado pelo dirigente minhoto.
“Em
2015, escassos quatro meses depois de ter vencido o Campeonato do Mundo de Futebol
de Praia, o Senhor Presidente da República condecorou atletas, técnicos e
dirigentes da Seleção Nacional de futebol de praia e o próprio Presidente da
Federação Portuguesa de Futebol. O ciclista português Rui Costa venceu no dia
29 de setembro 2013 o Campeonato do Mundo de Ciclismo de Estrada mas - depois
de muitas pressões nesse sentido – só vinte meses depois é que foi
distinguido”, sustenta José Luís Ribeiro lamentando, contudo, que tenham sido
ignorados, ao contrário do que aconteceu com o futebol, os atletas Tiago
Machado e André Cardoso, o selecionador nacional, José Poeira, técnicos e
dirigentes da Seleção Nacional de ciclismo e o próprio Presidente da Federação
Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira, que contribuíram para a conquista do
Campeonato do Mundo pelo português Rui Costa.
O
Presidente da Associação de Ciclismo do Minho, “esperançado que o Senhor
Presidente da República coloque um ponto final na discriminação do ciclismo e
de outras modalidades”, alertou também para a necessidade de ser valorizado e
reconhecido o trabalho dos dirigentes desportivos voluntários que dedicam
grande parte do meu tempo e de meios à promoção da prática desportiva, à
ocupação dos tempos livres e à criação de oportunidades aos mais jovens e que -
enquanto alicerce e motor do desporto nacional – contribuem também para a
obtenção de títulos e a conquista de medalhas desportivas nacionais e
internacionais.
Fonte:
ACM
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