Por: Ana Paula Marques
Foto: José Moreira
Os regressos de Sérgio
Paulinho (para a Efapel), Domingos Gonçalves (Rádio Popular-Boavista) e Fábio
Silvestre (Sporting-Tavira) ao pelotão nacional, bem como o abandono de Bruno
Pires, pode entender-se como o início do fim da era dourada dos portugueses a
competir no estrangeiro. Mas bem vistas as coisas, Portugal mantém-se um país
exportador, pois continua a haver atletas a deixarem as estradas nacionais para
tentar vingar lá fora. É o caso, por exemplo, de Rafael Reis, que vestiu a
camisola da W52-FC Porto em 2016, e que na próxima temporada vai competir na
equipa espanhola da Caja Rural, do 2º escalão da UCI, um acima das equipas
nacionais.
Do pelotão profissional
nacional sai também Daniel Silva. Um dos rostos dos últimos anos da Rádio
Popular tem acordo com a brasileira da Funvic (2ª divisão), equipa que só
competirá em fevereiro devido a estar suspensa por doping. A formação recebeu
aval para estar no 2º escalão da UCI, mas há dúvidas nesta altura quanto à
viabilização financeira do projeto.
De Portugal saem ainda os
gémeos Oliveira. Ivo e Rui, ainda sem ‘percurso profissional’ no nosso país,
aventuram-se no estrangeiro com apenas 20 anos. Vão correr na Axeon, de Axel
Merckx, equipa que tem por base ‘formar’ futuros campeões. Exemplo disso mesmo
é um português, Ruben Guerreiro, que dá o salto em 2017 para o pelotão
principal.
World Tour
Guerreiro, 22 anos, é então
uma das novidades no World Tour, no que aos portugueses diz respeito. O
ciclista do Montijo vai correr na Trek, para onde se transferiu André Cardoso,
este oriundo também de uma equipa do pelotão da 1ª divisão, a Cannondale. Os
dois portugueses vão ter como chefe-de-fila o espanhol Alberto Contador.
Quem também dá o salto para
a 1ª divisão é José Gonçalves. Após quatro anos em equipas de escalões
inferiores – dois na LA Pomme e outros dois na Caja Rural –, o irmão gémeo de
Domingos Gonçalves vai vestir a camisola da Katusha de José Azevedo e onde se
mantém Tiago Machado.
Com o regresso a Portugal de
Sérgio Paulinho, após 12 épocas no World Tour, Rui Costa (desde 2009) e Tiago
Machado (2010) passam a ser os mais antigos portugueses a correr no
estrangeiro. Em 2017, vão ser oito no principal escalão e três no segundo,
sendo que os restantes dividem-se pela 3ª divisão (Continental) – o mesmo escalão
das equipas portuguesas – e ainda por equipas de clube, ditas amadoras.
Fonte: Record on-line
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