Bob Jungels entrou esta terça-feira na história da
Volta a Itália.
Jungels
tornou-se no segundo ciclista a vestir a camisola rosa na história da Volta a
Itália.
Bob
Jungels (Etixx-QuickStep) entrou esta terça-feira na história da Volta a
Itália, ao tornar-se no segundo ciclista luxemburguês a vestir a camisola rosa,
numa décima etapa memorável para o seu vencedor, o neoprofissional italiano
Giulio Ciccone (Bardiani-CSF).
Mais
do que o triunfo do ‘fugitivo’ Giulio Ciccone, que, aos 21 anos e na sua
primeira grande volta, ergueu os braços em Sestola, no final dos 219
quilómetros da décima tirada, para festejar a sua mais bonita vitória, o
destaque desta jornada de média montanha vai para Bob Jungels.
O
jovem da Etixx-QuickStep beneficiou do sacrifício do seu companheiro Gianluca
Brambilla, que abdicou da camisola rosa, presa por um segundo, para trabalhar a
seu favor e evitar que o costarriquenho Andrey Amador (Movistar) chegasse à
liderança, e seguiu as pisadas de Charly Gaul, que, em 1956, também com 23
anos, se tornou no primeiro luxemburguês a liderar a prova – é também o único a
ter vencido o Giro, nesse mesmo ano e em 1959.
“Não
consigo acreditar. Definitivamente este é um dos melhores dias da minha
carreira”, disse um emocionado Jungels, que não poupou elogios ao gesto do
anterior ‘maglia’ rosa: “Não é usual vermos o líder da corrida a trabalhar, é
algo muito especial. Penso que somos todos honestos uns com os outros, um
grande grupo de amigos e isso ficou demonstrado hoje.”
Só
a história escrita por Jungels ofuscou o feito de Giulio Ciccone, que
conquistou a sua primeira vitória como profissional – e logo na sua primeira
grande volta –, ao ser o mais resistente da numerosa fuga do dia, formada entre
as duas primeiras contagens de montanha da tirada.
“Hoje
é o melhor dia da minha vida. É uma emoção imensa. Não sei como descrevê-la,
estou sem palavras. Nunca poderia ter imaginado ganhar uma etapa aqui, porque é
o meu primeiro ano como profissional. É uma grande surpresa. Este triunfo é
fantástico”, reconheceu o primeiro corredor desde Taylor Phinney, em 2012, a
ganhar uma etapa no Giro com 21 anos.
Ciccone
cortou a meta isolado, com o tempo de 5:44.32 horas, e, entre os festejos, nem
viu chegar o russo Ivan Rovny (Tinkoff), segundo a 42 segundos, e o colombiano
Darwin Atapuma (BMC), terceiro a 1.20 minutos.
Com
os fugitivos a chegarem a conta-gotas, as atenções centraram-se em Andrey
Amador, que, na descida de Pian de Falco, partiu ao assalto da liderança e teve
resposta imediata de Gianluca Brambilla.
O
italiano, na impossibilidade de lutar pela geral, abdicou da sua camisola em
prol de Jungels e, com o seu ‘sacrifício’, manteve a rosa na Etixx-QuickStep.
Sexto
na tirada, a 2.10 minutos do vencedor e apenas cinco segundos diante do
luxemburguês, Amador, quarto na edição de 2015, teve de contentar-se com o
segundo lugar da geral, a 26 segundos, com o seu líder, o espanhol Alejandro
Valverde a ser terceiro, a 50 segundos.
O
português André Cardoso (Cannondale), que não conseguiu acompanhar o grupo dos
candidatos e cruzou a meta a 4.29 minutos de Ciccone, ocupa a 32.ª posição da
geral, a 12.38 minutos do novo líder.
Na quarta-feira, a 11.ª etapa vai ligar Modena a
Asolo, no total de 227 quilómetros.
Fonte: SAPO Desporto c/ Lusa
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